Neri Geller é exonerado do cargo após denúncia de fraude no leilão de arroz

O ministro Carlos Fávaro confirmou o desligamento após sair de uma reunião no Palácio do Planalto no fim da manhã

Montagem mostra presidente Lula e ex-secretário Neri Geller | Montagem/MeioNews
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, pediu demissão na terça-feira (11) após ser denunciado por fraude no leilão de arroz realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O ministro Carlos Fávaro confirmou o desligamento após sair de uma reunião no Palácio do Planalto no fim da manhã. Geller, que já foi deputado federal, teve Robson Luiz Almeida França como assessor parlamentar. França foi responsável por arrematar nove dos 15 lotes de arroz no leilão da semana passada.

Neri Geller, ex-secretário da Agricultura - Foto: Wesley Amaral/Câmara dos Deputados

pronunciamento do ministro da agricultura

Em 2023, Robson França e Marcelo Piccini Geller, filho de Neri, abriram uma empresa em sociedade. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, essa sociedade foi o motivo alegado por Geller ao pedir demissão. “Hoje, pela manhã, o secretário Neri Geller me comunicou, fez ponderação, quando filho dele estabeleceu sociedade com esta corretora do Mato Grosso, ele não era secretário de política agrícola. Não há fato que desabone ou que gere qualquer tipo de suspeita, mas que de fato gerou, e por isso colocou o cargo à disposição”, disse Fávaro.

novo leilão deve ocorrer em breve

Edegar Pretto, presidente da Conab, anunciou que um novo leilão deve ocorrer em breve. No certame atual, foram importadas 263.000 toneladas de arroz, mas surgiram suspeitas sobre a capacidade das vencedoras de cumprir os compromissos. Entre as empresas vencedoras estavam uma mercearia, uma locadora de carros e uma fábrica de sorvetes, o que levantou questionamentos sobre a lisura do processo.

Presidente Lula e ministro Carlos Fávaro - Foto: Reprodução

reavaliação do modelo de leilão

Pretto destacou a necessidade de reavaliar o modelo de leilão para garantir a integridade do processo. “Pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos, para que a gente possa ter garantia de que vamos contratar empresas capazes de cumprir suas obrigações”, afirmou, sinalizando mudanças para evitar novas irregularidades.

Para mais informações, acesse meionews.com

Leia Mais
Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES