A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou na terça-feira (4) o rótulo que será colocado nas embalagens de arroz importado pelo governo federal. O leilão para a compra do produto, previsto para esta quinta-feira (6), visa garantir estoques e impedir a escalada dos preços após as enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor nacional. Os pacotes, com logotipos da Conab e da União, terão o preço tabelado de R$ 20 por 5 quilos.
importação de 300 mil toneladas de arroz
A decisão de importar 300 mil toneladas de arroz, divididas em três etapas até novembro, foi criticada por associações de produtores rurais. Eles argumentam que a medida é intervencionista e desestimula a produção nacional. Apesar das críticas, o governo defende que a importação é necessária para evitar a alta nos preços, especialmente após as dificuldades logísticas enfrentadas pelas enchentes no RS, que colheu 80% do grão antes das inundações.
estados que receberão o arroz importado
Os estados que receberão o arroz importado incluem Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins. O governo não revelou os países participantes do leilão, mas vizinhos do Mercosul como Paraguai, Uruguai e Argentina são tradicionais fornecedores, embora tenham elevado os preços recentemente.
resposta às críticas
Em resposta às críticas, o governo reiterou que a importação é uma medida temporária para estabilizar o mercado. O presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Luciano Silveira (MDB), afirmou que a logística foi restabelecida e que o arroz colhido é suficiente para abastecer o país. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão do leilão, alegando que a importação prejudica os produtores locais e desestabiliza os preços.
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