O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está estrategicamente moldando seu calendário internacional para otimizar os objetivos do Brasil na presidência rotativa do G20, o grupo das maiores economias do mundo. Até novembro, o país liderará o G20, focando em prioridades como o combate à fome, à pobreza e a reforma da governança global, incluindo o Conselho de Segurança da ONU.
Lula tem utilizado suas viagens internacionais para não apenas abordar essas prioridades, mas também para implementar ações defendidas pelo Brasil no fórum. Este mês, estão agendados encontros em Brasília com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e o presidente francês, Emmanuel Macron, líderes de países e membros do G20, respectivamente.
A agenda com Macron destaca a busca do Brasil por apoio na Cooperação Amazônica, visando questões ambientais e desenvolvimento sustentável. A França, através da Guiana Francesa, é vista como uma contribuição valiosa para a região amazônica. Lula tem enfatizado a importância da governança global e, em seus discursos internacionais, convocou os países a aderirem à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, uma das principais iniciativas do G20 sob sua liderança.
Reforma global
Além das reuniões de alto nível, o presidente brasileiro busca apoio internacional para a reforma da governança global, defendendo uma maior representatividade para os países em desenvolvimento e melhorias nas condições de investimento. Ainda este ano, Lula participará da Cúpula dos Brics, na Rússia, e da Assembleia Geral da ONU, onde propôs uma cúpula de chanceleres do G20 de maneira inédita.
O presidente brasileiro já se encontrou com autoridades-chave, como o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, buscando apoio para as prioridades do G20, incluindo parcerias em agricultura, segurança alimentar e infraestrutura na África. Lula também discutiu a urgência em abordar a dívida externa dos países africanos, propondo a inovadora ideia de "debt swap" no G20, uma proposta apoiada pelos americanos.
O intenso esforço de Lula na cena internacional visa reforçar a agenda do Brasil no G20, consolidando o país como protagonista em questões globais fundamentais.
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