O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou satisfação com os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, anunciando um crescimento de 2,9% na atividade econômica durante o primeiro ano de sua gestão. Em uma coletiva de imprensa, Haddad destacou a superação das projeções, incluindo as otimistas da pasta, que inicialmente estimava 2%, enquanto analistas do mercado financeiro apontavam para uma alta de 0,80% no primeiro boletim Focus de 2023.
Apesar do êxito, o ministro não escondeu sua preocupação com a queda de 3% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), comumente referida como "investimentos". Haddad ressaltou a importância dos investimentos para o desenvolvimento produtivo da economia, destacando que, embora tenha havido uma ligeira melhora no último trimestre de 2023, a taxa de investimento, atingindo apenas 16,5% do PIB, foi a pior desde 2019.
Os analistas consultados corroboraram as preocupações do ministro, destacando que a redução nos investimentos é um indicativo crítico para a economia. Além da queda geral de 3%, setores específicos, como máquinas e equipamentos (-9,4%) e construção (-0,2%), apresentaram desempenhos negativos ao longo do ano.
O otimismo de Haddad, entretanto, baseia-se na reversão positiva registrada no último trimestre de 2023, interrompendo uma série de quedas. A economista Juliana Trece, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), enfatizou a necessidade de ampliar o investimento para impulsionar a produtividade, contribuindo para um crescimento econômico sustentável e evitando pressões inflacionárias.
As buscas do governo Lula
O governo, por sua vez, busca melhorar o ambiente de negócios, com a reforma tributária e iniciativas de infraestrutura, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Nova Indústria Brasil. Haddad destacou que a intenção é criar condições propícias para atrair investimentos privados e garantir um crescimento econômico sem riscos inflacionários.
Apesar do cenário desafiador, a expectativa é que o empresariado comece a vislumbrar oportunidades devido à redução das taxas de juros, proporcionando um impulso para a recuperação dos investimentos em 2024. No entanto, analistas alertam que a trajetória de recuperação pode não ser suficiente para compensar as perdas acumuladas nos últimos anos.
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