Lula faz apelo à ONU e pede ações concretas para o cessar-fogo em Gaza

O presidente Lula propôs a elaboração de uma moção da Celac exigindo o fim imediato do que ele chamou de “genocídio” em Gaza

Lula 8ª Cúpula da Celac | Ricardo Stuckert
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No discurso durante a 8ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nesta sexta-feira, 1º, o presidente Lula defendeu ações concretas para cessar as hostilidades na Faixa de Gaza.

O presidente Lula propôs a elaboração de uma moção da Celac exigindo o fim imediato do que ele chamou de “genocídio” em Gaza e solicitou ao secretário-geral da ONU, António Guterres - que também estava presente no evento - e ao governo japonês, que assume a presidência do Conselho de Segurança da organização nesta sexta-feira, que deem urgência ao tema.

“A indiferença da comunidade internacional é chocante. Quero aproveitar a presença do secretário-geral da ONU, meu companheiro António Guterres, para propor uma moção da Celac pelo fim imediato desse genocídio. O secretário-geral pode invocar o artigo 99 da Carta da ONU para levar à atenção do Conselho o tema que ameaça a paz e a segurança internacionais”, afirmou o presidente.

O artigo citado pelo presidente prevê que o secretário-geral pode chamar a atenção do Conselho para qualquer assunto que possa ameaçar a “manutenção da paz e da segurança internacionais”. Lula também pediu urgência ao governo japonês sobre o tema, apelando aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU para que superem suas diferenças e acabem com a violência.

“Eu quero terminar dizendo para vocês que a nossa dignidade e humanidade estão em jogo. Por isso, é preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade, que precisa de muito humanismo”, disse o presidente.

Depois do encontro da cúpula da Celac, Lula vai se reunir com representantes da Colômbia, do Chile e do México para tratar a situação da Faixa de Gaza. Lula também tem um encontro marcado com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

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