“Meu sobrinho e sua esposa estão presos pra sempre, ele não”, diz tia sobre soltura de estudante

A soltura do estudante João Henrique Soares Leite Bonfim, acusado pela morte do casal Laurielle da Silva Oliveira e Francisco Felipe Oliveira Duarte neste sábado (05) causou revolta na família das vítimas que ainda clamam por justiça.

O jovem de 22 anos, deixou a Penitenciária Regional Irmão Guido neste sábado (5). A Justiça concedeu liberdade provisória ao estudante, através de um habeas corpus, que seguirá sob monitoramento por tornozeleira eletrônica até o julgamento.

PEDEM JUSTIÇA

Em entrevista à Rede Meio, a tia de Francisco Felipe, Josélia Oliveira, afirmou que amigos e familiares não se conformam com a decisão.

A gente não tem nem palavras pra falar, pra dizer, o quanto a nossa família está sofrendo com essa notícia, pq não esperávamos, é muito triste. O Felipe era um menino muito bom, então todos os amigos dele estão também tristes com tudo o que está acontecendo. Até agora a ficha pra mim ainda não caiu, que ele já está solto. Como? Por qual motivo ele foi solto?

“Meu sobrinho e a Laurielle estão presos pra sempre, ele não”, complementou a tia em prantos. No entanto, ainda com o alvará de soltura, João Henrique deverá cumprir o uso de tornozeleira eletrônica e seguir as seguintes medidas cautelares:

- Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga

- Proibição de ausentar-se da comarca

- Proibição de manter contato com pessoa determinada

- Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares

- Comparecimento periódico em juízo

RELEMBRE O ACIDENTE

O atropelamento aconteceu em dezembro de 2024, no encontro das avenidas Nossa Senhora de Fátima e Jóquei Clube, zona Leste de Teresina. O casal estava em uma motocicleta quando foi atingido pelo carro conduzido por João Henrique. Laurielle morreu ainda no local. Já Francisco Felipe faleceu dias depois, após permanecer internado. Eles deixaram três filhos pequenos.

Será que essa tornozeleira vai realmente monitorar ele? Isso não quer dizer nada diante de duas vidas que foram tiradas. Meu sobrinho estava trabalhando, diferente do João Henrique, que estava farreando. Não é proibido você farrear e se divertir, mas ele estava sob efeito de álcool, drogas e em momento nenhum pensou no próximo, disse Josélia Oliveira.

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