Um ataque aéreo russo em uma área residencial rural na região de Kiev matou pelo menos sete pessoas nesta sexta-feira (4), incluindo duas crianças, disse a polícia da capital da Ucrânia em um comunicado.
Número de civis mortos na Ucrânia sobe para 331, diz ONU
O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou nesta sexta-feira (4) ter confirmado que 331 civis foram mortos e 675 feridos na Ucrânia desde que a invasão russa começou em 24 de fevereiro, acrescentando que o custo real provavelmente é muito maior. Entre os mortos, 19 são crianças.
A maioria das vítimas foi morta por armas explosivas como bombardeios de artilharia pesada, sistemas de mísseis e ataques aéreos e de mísseis, de acordo com o escritório, que tem monitores na Ucrânia.
A polícia disse que o ataque atingiu a vila de Markhalivka, a cerca de 10 km da periferia sudoeste da capital.
Em Irpin, nos arredores de Kiev, moradores removerem pertences às pressas de casas que ficaram em chamas após bombardeio. Segundo a ONU, mais de 1,2 milhão de pessoas deixaram a Ucrânia desde o início do conflito com a Rússia.
Chanceler da Ucrânia acusa soldados russos de estupro
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse nesta sexta-feira (4) que soldados russos cometeram estupro em cidades ucranianas.
Kuleba não deu nenhuma evidência para sua alegação. A Reuters não foi capaz de verificar a acusação de forma independente.
"Quando bombas caem sobre suas cidades, quando soldados estupram mulheres nas cidades ocupadas --e temos inúmeros casos de, infelizmente, quando soldados russos estupram mulheres em cidades ucranianas-- é difícil, é claro, falar sobre a eficiência do direito internacional", disse Kuleba em um evento na Chatham House em Londres.
"Mas esta é a única ferramenta da civilização que está à nossa disposição para garantir que, eventualmente, todos aqueles que tornaram esta guerra possível sejam levados à Justiça", disse Kuleba, que estava falando em inglês.
Rússia toma a maior usina nuclear da Europa
O ministério de defesa russo declarou que o ataque à usina nuclear de Zaporizhzhia foi uma "provocação monstruosa" de sabotadores da Ucrânia, segundo o porta-voz Igor Konashenkov. Ele disse que a usina nuclear estava operando normalmente e sob controle dos russos desde o dia 28/02.
"Ontem à noite, em um local adjacente à usina, foi feita uma provocação monstruosa pelo regime nacionalista de Kiev", disse o porta-voz . Ele disse que a guarda-nacional russa foi atacada por um grupo ucraniano.
A Ucrânia disse que foram as forças russas que atacaram a usina nuclear na madrugada desta sexta (4), colocando fogo em um prédio de treinamento do lado de fora da usina.
Data, local e hora de nova reunião não serão antecipados
A Ucrânia não antecipará detalhes sobre o momento ou local de qualquer conversa com a Rússia, informou o assessor presidencial ucraniano Oleksiy Arestovych em um vídeo transmitido nesta sexta-feira (4). Na quinta (3), os negociadores disseram que uma terceira rodada de negociações de cessar-fogo poderia ocorrer no início da próxima semana.
Forças militares da Rússia tomaram controle da usina nuclear de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, informou o Ministério russo de Defesa.
Os ucranianos disseram que os funcionários de operações estão monitorando as condições das unidades de geração de energia, e, agora, busca-se garantir a segurança do local.
O órgão de inspeção da energia nuclear da Ucrânia também afirmou que as forças militares russas ocupam o local onde funciona o complexo.
A Ucrânia afirmou que as forças russas atacaram a usina no começo da sexta-feira. Um prédio de cinco andares que era usado para treinamento foi incendiado.
Incêndio na maior usina nuclear da Europa é apagado
Os serviços de emergência ucranianos confirmaram que um incêndio no prédio de treinamento da usina nuclear de Zaporizhzhya foi finalmente extinto. Não há registro de feridos no ataque.