Rússia diz que Ucrânia se recusou a negociar; explosões são ouvidas em Kiev

O presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, afirmou neste sábado (26) que eles vão armar aqueles que quiserem ajudar os militares ucranianos

russia | reprodução
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ATUALIZADO ÀS 13h00 

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EUA vão enviar R$ 1,8 bilhão para ajudar ucranianos

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou neste sábado (26) que vai enviar mais US$ 350 milhões (R$ 1,8 bilhão) em assistência militar à Ucrânia para lutar contra a invasão russa. "Este pacote incluirá mais assistência defensiva letal para ajudar a abordar as ameaças blindadas, aéreas e de outro tipo que a Ucrânia enfrenta atualmente", declarou Blinken, em um comunicado.

O avanço russo na Ucrânia desacelerou temporariamente, provavelmente por causa de problemas logísticos e pela forte resistência ucraniana, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido neste sábado. "As tropas russas estão contornando os principais centros populacionais ucranianos, deixando as forças para cercá-los e isolá-los. Confrontos noturnos em Kiev provavelmente envolveram um número limitado de grupos russos pré-posicionados. A captura de Kiev continua sendo o principal objetivo militar da Rússia", informou.

Militares ucranianos pelas ruas de Kiev neste sábado (26) - Foto: AFP

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que atualmente não há grande presença militar russa em Kiev, mas acrescentou que "grupos sabotadores" estão ativos. O sistema de metrô agora está servindo apenas como abrigo para os cidadãos e os trens pararam de funcionar, disse. Segundo ele, 35 pessoas, incluindo duas crianças, ficaram feridas durante a noite. Mais tarde, ele anunciou a extensão do toque de recolher noturno, que agora vai das 17h às 8h. Pelo menos 198 ucranianos, incluindo três crianças, foram mortos e 1.115 pessoas ficaram feridas até agora na invasão da Rússia, disse a agência de notícias Interfax ao citar o Ministério da Saúde da Ucrânia. Não ficou claro se os números incluem apenas vítimas civis.

KLM ordena meia-volta a dois voos para a Rússia

A KLM, braço holandês da Air France, informou neste sábado que instruiu que dois voos a caminho da Rússia dessem meia-volta devido a sanções europeias contra o país.

Segundo um porta-voz da empresa, o motivo é que as peças de reserva não podem mais ser enviadas para a Rússia, mesmo para uso próprio de uma companhia aérea. "Isso significa que não podemos mais garantir que os voos para a Rússia possam retornar com segurança", disse o porta-voz.

ATUALIZADO ÀS 12h00 

Aeronáutica anuncia aeronaves para buscar brasileiros

No Twitter, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que, sob orientações do Ministério da Defesa e coordenação do Ministério das Relações Exteriores (MRE), colocou de prontidão duas aeronaves KC-390 Millennium para possível transporte de brasileiros evacuados da Ucrânia.

Presidente pede ajuda militar e humanitária

O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que apoio militar e humanitário para a Ucrânia é extremamente importante neste sábado (26).

Ele também agradeceu ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que proibiu navios de guerra da Rússia de navegar por águas turcas no Mar Negro.

Presidente ucraniano pede ajuda humanitária 

Erdogan e Zelensky conversaram pelo telefone. O turco disse ao ucraniano que está se mobilizando para intermediar um acordo de cessar fogo.

A Rússia afirmou, no entanto, que não recebeu nenhuma notificação oficial da Turquia sobre navegação no Mar Negro. Depois, em nota, a Turquia disse que não fechou seus canais.

Erdogan também deu suas condolências ao povo ucraniano.

Bélgica vai mandar armas para a Ucrânia e soldados para a Romênia

A Bélgica vai enviar 300 soldados para a Romênia, um dos países que fazem fronteira com a Ucrânia. A ideia é fortalecer as tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no leste da Europa, de acordo com o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander de Croo.

Soldado ucraniano coleta explosivos não detonados de bombas lançadas por russos no centro de Kiev - Foto: AFP

“A Bélgica assume sua responsabilidade dentro do programa de resposta rápida da Otan, que foi ativado na sexta-feira. Nessa fase, 300 soldados belgas serão enviados à Romênia”, ele afirmou no Twitter.

Os belgas também estão enviando 2.000 metralhadoras e 3.800 toneladas de combustível para a Ucrânia.

O governo da Bélgica ainda estuda outras formas de ajudar a Ucrânia.

Rússia proíbe navegação em parte do Mar Negro, diz Ucrânia

Guardas de fronteira da Ucrânia afirmaram neste sábado (26) que a Rússia fechou a parte noroeste do Mar Negro para navegação. Na sexta-feira, a Ucrânia disse que dois navios comerciais ucranianos foram atingidos pela Marinha russa perto do porto da cidade de Odessa.

Militares recolhem bombas não detonadas em Kiev - Foto: AFP

Em raro pronunciamento sobre política, príncipe William apoia povo ucraniano

O príncipe William e a princesa Kate, do Reino Unido, disseram neste sábado (26) que apoiam o povo da Ucrânia após a invasão da Rússia. Declarações de membros da família real inglesa sobre política são raros.

"Em outubro de 2020, tivemos o privilégio de conhecer o presidente Volodymyr Zelensky e a primeira-dama e soubemos que eles têm esperança no futuro da Ucrânia e são otimistas. Hoje, nós apoiamos o presidente e todo o povo ucraniano, que lutam de forma corajosa por esse futuro", disse William.

Príncipe William declara apoio a povo ucraniano - Foto: Reuters 

ATUALIZADO ÀS 10h30

Rússia diz que Ucrânia se recusou a negocia

governo russo afirmou neste sábado (26) que a Ucrânia se recusou a negociar com seus inimigos para tentar interromper as agressões. A Rússia invadiu a Ucrânia há três dias. Uma agência de notícias russa, a RIA, havia publicado na sexta-feira que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegou a propor a Vladimir Putin uma negociação.

As tropas russas recomeçaram a avançar na Ucrânia neste sábado (26). O presidente Vladimir Putin havia suspendido a ofensiva há um dia na expectativa de que os ucranianos fossem negociar, disse o governo russo por meio de seu porta-voz, Dmitriy Peskov.

Destroços de aeronave não identificada que colidiu em casa - Foto: Umit Bektas

Ele também afirmou que a Rússia já esperava as sanções que os países do Ocidente têm imposto, e que está tomando medidas para minimizar o impacto na economia.

ATUALIZADO ÀS 09h30

Rússia proibiu voos da Bulgária, Polônia e República Tcheca

Companhias aéreas da Bulgária, Polônia e República Tcheca foram proibidas de voar no espaço aéreo russo a partir deste sábado. A medida é uma represália aos países, que adotaram a mesma medida em seus territórios para aviões russos.

A Rússia já havia banido linhas aéreas britânicas de sobrevoar seu espaço aéreo, em resposta à proibição de voos pela companhia aérea russa Aeroflot.

Prefeitura de Kiev prorroga toque de recolher

Até o dia 28 de fevereiro haverá toque de recolher entre as 17h e 8h na cidade de Kiev, capital da Ucrânia. As ordens de toque de recolher anteriores eram mais curtas, das 22h às 7h.

A cidade de cerca de 3 milhões de moradores está sob ataque dos russos no terceiro dia de invasão da Ucrânia.

O toque de recolher foi decretado para facilitar a defesa da cidade e dos moradores, disse o prefeito Vitaly Klitschko.

Pela cidade, há troca de tiros, explosões e soam sirenes.

O Reino Unido afirmou que o maior volume de soldados da Rússia está a 30 quilômetros do centro de Kiev. "A Rússia ainda não dominou o espaço aéreo da Ucrânia, o que diminui a eficácia da Força Aérea russa", disse o ministro de Defesa britânico. O governador da província onde fica a cidade de Kiev, Oleksiy Kuleba, afirmou que há concentração de soldados russos na divisa da região.

Polônia já recebeu 100 mil ucranianosRefuiados ucranianos cruzam fronteira com a Polônia - Foto: AP PhotoCerca de 100 mil ucranianos cruzaram a fronteira para a Polônia desde o início do ataque russo - anunciou o vice-ministro polonês do Interior, Pawel Szefernaker, neste sábado (26).

"Desde o lançamento das operações de guerra na Ucrânia e até hoje, ao longo da fronteira com a Ucrânia, 100 mil pessoas cruzaram da Ucrânia para a Polônia", disse Szefernaker à imprensa no posto fronteiriço de Medyka, no sudeste da Polônia.

A ONU estima que esse número pode chegar a 5 milhões.

 Rússia ataca Kiev, atinge prédio e tenta destruir base militar do país

Segundo relatado pela agência de notícias Reutersos militares russos chegaram a Kiev e atacaram a estação de eletricidade da cidade. A agência ucraniana Interfax Ucrânia informou que soldados russos estavam tentando capturar a estação e cortar a energia da capital.

Militares ucranianos buscam bombas não detonadas - Foto: AFP

Poucos minutos antes, outro grupo de tropas da Rússia atacou uma base militar ucraniana. Segundo a agência, o ataque foi repelido. De acordo com jornais de Kiev, mais de cinquenta explosões e muitos tiros de metralhadoras pesadas foram relatados perto do zoológico da cidade.

A região com maior intensidade no momento é a noroeste de Kiev, onde a base militar foi atacada nesta sexta-feira. Também se pode ouvir confrontos nas regiões oeste e sul.

Também houve fortes combates na região do aeroporto da cidade de Vasylkiv, nas proximidades da capital ucraniana. Paraquedistas russos estariam tentando tomar o local, segundo relatos.

A intensidade dos ataques reforçam a declaração do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de que essa seria uma noite muito difícil.

Os ucranianos se defendem como podem, como mostra o vídeo abaixo onde tanques russos aparecem sendo atacados por coquetéis molotov.

Novos ataques são registrados na Ucrânia

Tiros foram ouvidos nos arredores de prédios do governo em Kiev, capital da Ucrânia, na madrugada deste sábado (26). As informações são da agência Reuters.

Novos ataques aéreos foram registrados nas cidades de Sumy, Poltava e Mariupol, de acordo com Comando Militar do país. "Uma disputa pesada está acontecendo próximo a Mariupol. Mas não há chances de a cidade se render ou ser tomada", afirmou Mykhailo Podolyak, assessor da presidência.

Ataques marítimos também foram registrados a partir do Mar Negro.

Chamas e fumança perto de Kiev, capital da Ucrânia - Foto: Gleb Garanich

Central hidrelétrica de Kiev está sob controle da Ucrânia

A usina hidrelétrica de Kiev, um dos alvos dos russos, não foi tomada por tropas russas, como havia informado a agência Reuters. A informação foi corrigida pela agência de notícias, que confirmou que a Ucrânia continua com domínio do complexo.

Prédio residencial é atingido por míssil em Kiev

Um prédio residencial localizado em Kiev foi atingido por um míssil na manhã deste sábado (26). Não houve vítimas, segundo um assessor do Ministério do Interior, Anton Herashchenko. Ele afirmou que esse é um exemplo de que os russos têm atacado infraestrutura civil, como esse prédio residencial. De acordo com o assessor, cerca de 40 locais como esse foram atingidos.

Edifício residencial é atingido por mísseil - Foto: Gleb Garanich / Reuters

Russos anunciam tomada de primeira grande cidade: Melitopol

As forças da Rússia capturaram a cidade de Melitopol, no sudeste da Ucrânia, neste sábado (26), segundo a agência de notícias russa Interfax.

Os russos lançaram ataques coordenados a várias cidades ucranianas —uma delas é Kiev, a capital.

Os ucranianos não confirmaram a tomada de Melitopol pelos inimigos. O ministro das Forças Armadas do Reino Unido, James Heappey, afirmou que os britânicos acreditam que os russos não tomaram a cidade de Melitopol.

Melitopol tem cerca de 150 mil moradores. Caso a informação seja confirmada, essa será a primeira cidade com uma população mais significativa que os russos tomam.

Os russos também dispararam mísseis nas cidades de Mariupol, Sumy e Poltava.

Quase 200 ucranianos mortos, diz agência da Rússia

Pelo menos 198 ucranianos, entre eles 3 crianças, morreram nas lutas desencadeadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia, segundo o Ministério de Saúde da Ucrânia, de acordo com a agência de notícias Interfax, da Rússia.

O número de feridos é de 1.115, incluindo 33 crianças. Não ficou claro se os dados são apenas de vítimas civis.

O Ministério de Defesa da Rússia disse neste sábado (26) que não tem cidades ucranianas como alvo e que os militares russos estão tomando medidas para evitar perdas civis.

Presidente Zelensky diz que Ucrânia não vai baixar armas

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, publicou um vídeo em suas redes sociais na manhã deste sábado (26), no horário local.

"Não vamos baixar as armas, vamos defender nosso estado", disse Zelensky na gravação feita em frente a seu escritório na capital do país.

Na publicação, o presidente pediu que ninguém acredite em notícias falsas.

Rússia ameaça veículos de comunicação por cobertura de invasão

O órgão de regulamentação da mídia da Rússia ameaçou dez veículos de imprensa russos de restringir o acesso aos seus sites por causa da cobertura da invasão da Ucrânia.

Segundo a entidade, esses dez veículos estão relatando falsamente a invasão (o governo russo chama de operação militar especial).

Entre os dez veículos está a “Novaya Gazeta”, jornal russo cujo editor-chefe, Dmitry Muratov, venceu o prêmio Nobel da Paz no ano passado.

O órgão regulador deu ordem para que os jornais, sites e rádios apaguem informações que estão no ar.

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