Assim como o chefe do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não poderia estar presente no ato que marca o primeiro aniversário dos ataques de 8 de janeiro, nesta segunda-feira (8).
Pacheco inicialmente tentou despistar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que tinha uma viagem combinada com o irmão para os Estados Unidos. "Pacheco, você diz ao seu irmão que você vai para lá dia 9", brincou Lula. No entanto, após quatro telefonemas do presidente, Pacheco mudou os planos para estar em Brasília.
O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), também não estará presente no evento. Ele alegou problemas de saúde na família como motivo de sua ausência e já comunicou o presidente Lula por telefone. A ausência de Lira, em um evento que reúne diversas figuras importantes, destaca um certo distanciamento entre os poderes Executivo e Legislativo. Essa decisão também revela o distanciamento de Lira em relação ao governo federal.
Convocado por Lula, o ato do 8 de Janeiro, denominado "Democracia Inabalada", deveria ser uma manifestação do Estado para ressaltar a democracia como resposta aos crimes praticados na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Na ocasião, milhares de pessoas invadiram e vandalizaram os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF em protesto contra a eleição de Lula na disputa com Jair Bolsonaro (PL).
A falta de algumas personalidades no evento sugere um distanciamento político e a possibilidade de não desejarem se comprometer publicamente com essa manifestação. O ato do 8 de Janeiro, contando com cerca de 500 convidados, incluindo ministros do governo, ministros do STF, parlamentares e governadores, busca reforçar a democracia e recordar os ataques ocorridos no ano anterior, além de apresentar uma exposição sobre os eventos.
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