Eleitores de Bolsonaro repudiam ataques do 8/1, mas 'perdoam' o ex-presidente

Entre os eleitores de Lula, 94% desaprovam os ataques, com 76% afirmando que Bolsonaro teve alguma influência neles

Jair Bolsonaro e apoiadores | Montagem/MeioNorte
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Uma pesquisa conduzida pela Genial/Quaest sobre os eventos de 8 de janeiro revela que a grande maioria dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) repudia os acontecimentos do ano anterior, porém, poupa o ex-presidente e seus apoiadores de qualquer responsabilidade nos tumultos em Brasília.

Entre os entrevistados que afirmaram ter votado em Bolsonaro em 2022, 85% desaprovam as invasões (enquanto 11% as aprovam) e 81% isentam o ex-capitão do Exército de qualquer responsabilidade. Por outro lado, entre os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 94% desaprovam os ataques, com 76% afirmando que Bolsonaro teve alguma influência neles.

Bolsonaro deixou o Brasil em 30 de dezembro para evitar a transição de poder para Lula e estava nos Estados Unidos durante a tentativa bolsonarista. Além de questionar as urnas e os resultados eleitorais, ele incentivou seus apoiadores a permanecerem em frente aos quartéis do Exército e divulgou repetidamente material de natureza golpista. O ex-presidente está sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), que apura sua eventual responsabilidade nos eventos.

Globalmente, a pesquisa revela que 89% dos entrevistados desaprovam os ataques, enquanto 6% os aprovam, representando um aumento de dois pontos percentuais em relação a um levantamento realizado pela Genial/Quaest em fevereiro de 2023.

A questão sobre a influência de Bolsonaro nos ataques dividiu os entrevistados: 47% acreditam que ele teve alguma responsabilidade, enquanto 43% discordam. A maioria (51%) acredita que os participantes da invasão aos prédios dos Poderes "são radicais e não representam os eleitores de Bolsonaro".

Na região Sul do país, que é uma base eleitoral significativa de Bolsonaro, 9% dos entrevistados se mostraram favoráveis aos ataques. A pesquisa, realizada entre 14 e 18 de dezembro, entrevistou presencialmente 2.012 pessoas com 16 anos ou mais, em todos os estados do país, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

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