Pausa na medicina e 'tornozeleira patriota': o pós 8/1 da estudante da USP

Ao se reunir novamente com sua mãe, um vídeo a mostra sorrindo para a câmera, erguendo a perna e exibindo uma tornozeleira eletrônica customizada com a bandeira do Brasil

Roberta Jérsyka Oliveira Brasil Soares | Reprodução
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Roberta Jérsyka Oliveira Brasil Soares, de 36 anos, tomou a decisão de trancar sua graduação em medicina na Universidade de São Paulo (USP) em 2023. Como engenheira, ela interrompeu seu percurso acadêmico em um dos cursos mais concorridos do país devido a uma viagem que a manteve sete meses distante de sua família.

Roberta Jérsyka Oliveira Brasil Soares | Foto: ReproduçãoAo se reunir novamente com sua mãe, um vídeo nas redes sociais a mostra sorrindo para a câmera, erguendo a perna e exibindo uma tornozeleira eletrônica customizada com a bandeira do Brasil. "Agora eu tenho do que me orgulhar", declara.

Roberta foi uma das mais de 2 mil pessoas detidas por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, que completam um ano nesta segunda-feira (8). Sua história foi divulgada no ano passado, quando a mãe, viúva de um militar, implorou para que a filha não participasse dos atos em Brasília.

Na época, Roberta vivia em São Paulo, longe da família, em Fortaleza. Após acampar por dois meses em frente ao quartel do Exército, ela se juntou a uma caravana para Brasília e foi presa no plenário do Congresso Nacional em 8/1.

Turbulências pós 8/1

Um ano depois, a tornozeleira e a matrícula na USP trancada não são as únicas mudanças na vida de Roberta. Ela retornou a Fortaleza e enfrenta restrições: proibida de usar redes sociais, sair à noite, viajar para o exterior ou conversar com outras pessoas envolvidas nos atos de 8/1.

Após sua prisão, enquanto aguardava decisões na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, Roberta viu a prisão em flagrante ser convertida para preventiva pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos casos relacionados ao 8/1 no Supremo Tribunal Federal (STF). Seu pedido de habeas corpus foi negado pela ministra Cármen Lúcia.

A defesa alegou que Roberta estava orando quando foi detida e não participou da depredação de bens públicos. Sete meses depois, em agosto de 2023, sua prisão foi revogada por Alexandre de Moraes, e ela retornou a Fortaleza. A mãe relata a rotina da filha nas redes sociais, mostrando fotos de passeios, cortes de cabelo e idas à praia.

Após sua liberdade, Roberta é amparada por amigos e familiares, mas enfrenta as restrições impostas. As postagens da mãe misturam detalhes da rotina familiar com passagens bíblicas, destacando a fé e a superação da filha após a prisão.

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