Apoliana Oliveira

Silvio Mendes admitiu que pode sim, em 2024, disputar a eleição compondo como candidato a vice-prefeito na chapa da oposição, que reúne Progressistas, União Brasil, PL e o PSDB.

– Eu posso não ser candidato, posso ser vice, posso ser prefeito. O que eu não posso é virar as costas para Teresina. Isso eu nunca fiz, e nem farei – afirmou em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (28), durante a convenção estadual do União Brasil.

O partido tem planos de lançar candidatura no próximo ano. Contudo, o grupo oposicionista tem outros nomes além de Sílvio, como o ex-deputado estadual Luciano Nunes (PSDB) e a deputada Bárbara do Firmino (PP) que, para ele, é a legítima herdeira política de Firmino Filho.

– Ela é a herdeira legítima do Firmino. Tanto que adotou o nome Bárbara do Firmino, e é do Firmino – enfatizou.

A deputada, inclusive, esteve no evento partidário e sentou ao lado de Sílvio. Em entrevista, ela reforça que o grupo ainda não definiu quem concorrerá na cabeça de chapa, mas considera o processo bem avançado.

A expectativa é de que no segundo semestre deste ano o nome para concorrer pelo grupo seja anunciado. É o que defende o deputado federal Júlio Arcoverde (Progressistas), que aponta a data de 16 de agosto como “ideal”.

A deputada estadual Bárbara do Firmino (Progressistas) disse desconhecer qualquer acerto com o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), sobre a composição da chapa de 2024. Nos bastidores, a informação é de que Sílvio teria aceitado ser vice de Bárbara.

– Não sei se já houve essa conversa com o Dr. Sílvio. Venho conversando com ele por um bom tempo, mas não sei se realmente existiu essa proposta ou não – afirmou a deputada.

À coluna, a deputada disse que a oposição ainda não definiu quem irá concorrer à prefeitura. Contudo, na lista que inclui Joel Rodrigues e Elmano Férrer, é a deputada que desponta na preferência interna. Sílvio tem bom recall eleitoral, mas a avaliação de bastidores é de que Bárbara teria melhor desempenho na campanha. Mas ela rejeita falar em preferência.

– A gente não pode tirar um candidato do bolso, fabricar um candidato – argumenta.

A definição do candidato do grupo liderado por Ciro Nogueira (Progressistas) deve sair no segundo semestre deste ano. A oposição quer tempo para trabalhar a pré-candidatura e chegar no processo eleitoral com chances reais de vitória contra a atual gestão do Palácio da Cidade. 

Luciano Nunes reafirmou a candidatura própria do PSDB em Teresina, nas eleições municipais de 2024, durante reunião virtual da executiva nacional tucana, na noite desta quarta-feira (28/04). 

O ex-deputado, que preside o diretório do PSDB no Piauí, tem protagonizado embate com o secretário da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária, Fábio Abreu, pelo comando da projetada federação entre PSDB/Cidadania e o Podemos.

A reunião foi conduzida pelo presidente nacional tucano, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Foram discutidas pautas nacionais, o posicionamento do partido no atual cenário político e estratégias para as eleições municipais.

Nunes colocou seu nome à disposição como pré-candidato. Contudo, Silvio Mendes tenta, nos bastidores, o retorno à legenda para concorrer no próximo ano com a grife tucana. Mas o ex-prefeito enfrenta resistência de setores do PSDB, justamente pela proximidade com o senador Ciro Nogueira (Progressistas).

Motivo: em 2022, nas eleições estaduais, foi por influência de Ciro que o PSDB deixou de lançar chapa proporcional e acabou ficando de fora da disputa majoritária. Movimento que enfraqueceu ainda mais a base tucana na capital.

O presidente do diretório do PT em Teresina, o ex-deputado estadual Cícero Magalhães, diz que o partido vai exigir dos vereadores Dudu, Elzuila Calisto e Deolindo Moura, fidelidade ao candidato lançado pela sigla na disputa pela prefeitura da capital, em 2024. Hoje os três indicam o comando a Fundação Wall Ferraz na gestão de Dr. Pessoa (Republicanos).

“O PT está trabalhando essa candidatura e exigirá fidelidade dos vereadores”, diz o dirigente partidário, reforçando que até outubro o diretório tomará sua decisão.

À coluna, ele nega que a instância partidária tenha participação nas indicações e diz que a aliança de hoje dos vereadores é meramente administrativa. “Se ele [Pessoa] tiver dando cargo com intuito de receber apoio de voto [eleitoral] dos vereadores, está se enganando. E se os vereadores estiverem prometendo isso, estão enganando o prefeito”, reforça.

ME DÊ MOTIVOS

Do outro lado, o vereador Dudu sustenta que não há razão para entregar os cargos na fundação. “Qual é o motivo da bancada de vereadores romper com o prefeito? Qual? Não existe! Qual o motivo? O que mudou? Nós apoiamos ele, então, nós temos legitimidade de participar”, conclui.

O vereador Aluísio Sampaio (Progressistas) manifestou voto contrário à proposta da prefeitura de Teresina, que divide as SAADs Sul e Sudeste. Pelo que ouviu nos “corredores” da Câmara Municipal, ele diz, a reforma servirá apenas para acomodação política.

“Se for comprovado que essas implementações, elas sejam para melhorar a gestão pública, vamos votar a favor. Mas o que nós estamos vendo aqui nos corredores desta Casa, é que estas criações destes cargos é para atender questões políticas”, afirma o parlamentar.

VAI PASSAR FÁCIL

Mas mesmo com os reclames da bancada de oposição ao prefeito, o líder do prefeito na Câmara, Antônio José Lira (Republicanos), garante que o texto será aprovado na integralidade, com voto de pelo menos 18 membros da base aliada, na sessão da próxima terça-feira, 2 de maio.

DESTINO CERTO

Na divisão da Saad Sudeste, uma “banda” deve ficar com o vereador Roberval Queiroz (DEM), que pode indicar a esposa, Vani Queiroz, e a outra metade será dividida entre os vereadores Alan Brandão (PDT) e o vereador Markim Costa (sem partido).

Já a Saad Sul deve ser dividida entre Jeová Alencar, atual superintendente, e Juca Alves, que chefiou a pasta por indicação do atual gestor.

O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos), vai ser submetido a cirurgia na tarde desta terça-feira (25). Ele sofreu uma lesão no tendão de Aquiles do pé esquerdo, após tropeçar e cair na noite de ontem, na convenção do Republicanos, em Brasília. 

De acordo com a SEMCOM, está internado no Hospital São Marcos, acompanhado do filho, João Duarte Pessoinha, e da esposa, a primeira-dama Samara Conceição. 

O acidente aconteceu logo após a convenção partidária. Quando se aproximava para uma foto ao lado de Marcos Pereira, presidente nacional da legenda, e Gessivaldo Isaías, deputado estadual, Pessoa acabou tropeçando.

Ele foi atendido rapidamente e teve o pé imobilizado. Por conta do acidente, antecipou seu retorno a Teresina. 

Dr. Pessoa tem 76 anos. Ele estava em Brasília cumprindo agenda política acompanhado do deputado estadual e superintendente da Saad Sul, Jeová Alencar. Além de participar da convenção do Republicanos, ele teve diálogo com líderes de partidos que podem compor a base do prefeito em Teresina.

O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos), sofreu uma queda na noite desta segunda-feira (24), em Brasília. De acordo com informações apuradas junto à equipe do gestor, ele está retornando nesta manhã para a capital piauiense e irá direto para o hospital.

Ele está bem, mas há suspeita de rompimento no tendão do pé esquerdo, que foi imobilizado. Ainda não há confirmação se o gestor precisará passar por cirurgia.

O acidente aconteceu logo após a convenção do Republicanos. Quando se aproximava para uma foto ao lado de Marcos Pereira, presidente nacional da legenda, e Gessivaldo Isaías, deputado estadual, Pessoa acabou tropeçando e torceu o pé.

O voo que traz o prefeito de volta à capital pousa no Aeroporto Petrônio Portella por volta de meio-dia desta terça-feira (25). Em nota, a SEMCOM confirmou a lesão, mas negou que o prefeito tenha sido internado.

Dr. Pessoa tem 76 anos. Ele estava em Brasília cumprindo agenda política acompanhado do deputado estadual e superintendente da Saad Sul, Jeová Alencar. Além de participar da convenção do Republicanos, ele teve diálogo com líderes de partidos que podem compor a base do prefeito em Teresina.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou, pelo Twitter, que a Polícia Federal está cumprindo mandados contra indivíduos acusados de envolvimento no ataque às sedes dos três poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro. Trata-se da 10ª fase da Operação Lesa Pátria.

São pessoas, segundo Dino, acusadas de organizar ou financiar os atos. No post, o ministro afirma que a "investigação prossegue para que a Lei seja integralmente observada, pois só assim teremos paz e democracia".

De acordo com a nota divulgada pela Polícia Federal, são ao todos dezesseis mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. As ações acontecem nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal.

"Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido", diz a PF em nota.

Ontem, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, votou para tornar réus cem pessoas denunciadas pelos atos em Brasília. Depredação e vandalismo que causou mais de R$ 26 milhões em prejuízo ao STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto. Os votos dos ministros no Plenário Virtual serão colhidos até 24 de maio. 

Esse julgamento é o maior em número de denúncias analisadas simultaneamente pelos ministros do STF. Com a ação penal aberta, novas provas serão reunidas, como a tomada de depoimentos de testemunhas de defesa e de acusação, além dos interrogatórios dos réus. Não há prazo para a conclusão dos julgamentos. 

A PGR já denunciou 1.390 pessoas por atos antidemocráticos, sendo 239 no núcleo dos executores, 1.150 no núcleo dos incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos.

O vereador Carlos Bolsonaro (PL/RJ) fez um desabafo nas redes sociais neste domingo (16). Ele anunciou que, após dez anos, vai deixar a gestão dos perfis do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na internet.

"Pessoas ruins se dizem as tais e ganham muito com o suor dos outros que trabalham de verdade e isso não é exceção aqui. Pretendo entrar em um novo ciclo de vida com foco pessoal", avisou.

Na sequência de mensagens, Carlos disse não acreditar "mais no que me trouxe até aqui, mas torço para que tudo dê certo para todos!". 

Lamentou ainda ter sido, segundo ele, "tratado de modo que nem um rato mereceria". "Anos de muita satisfação pessoal e tenho certeza que de muita valia para pessoas boas e também às mais ingratas e sonsas", segue o vereador no post, replicado também no Instagram do parlamentar.

Carlos Bolsonaro teve papel importante na carreira política do pai e coordenava, informalmente, a comunicação nas redes durante o mandato de Jair na presidência.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou que o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, seja interrogado pela Polícia Federal em dez dias. A ordem se dá no âmbito da investigação sobre a eventual mentoria intelectual e incitação aos atos criminosos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, quando as sedes dos poderes da República foram invadidos e depredados, numa tentativa frustrada de golpe. 

De acordo com a CNN, Moraes diz na decisão que a oitiva de Bolsonaro é "indispensável ao completo esclarecimento dos fatos investigados".

O pedido para que Bolsonaro seja interrogado partiu da Procuradoria Geral da República, que em janeiro afirmou nos autos ser importante ouvir o ex-presidente. Contudo, Bolsonaro estava fora do país, em viagem aos Estados Unidos. Com o retorno do político ao Brasil, no último dia 30 de março, o ministro entendeu ser agora possível a realização da oitiva, nos termos indicados pelo Ministério Público. 

No inquérito em que Bolsonaro é investigado, o argumento é de que o ex-presidente incitou publicamente a prática de crimes em um vídeo postado nas redes sociais dois dias após a invasão aos Poderes. No vídeo, que foi apagado posteriormente, o resultado das eleições presidenciais do ano passado é questionado. Discurso que se assemelha a diversas falas do ex-presidente.

No Supremo Tribunal Federal, são três os inquéritos instaurados para apurar quem são os responsáveis pelos atos de 8 de janeiro. São ao todo sete investigações abertas pela PGR sobre o caso.

INVASÕES

Em 8 de janeiro, milhares de pessoas, muitos deles apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, se dirigiram à praça dos Três Poderes em Brasília, e invadiram os prédios do Supremo Tribunal Federalm, Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, promovendo depredação e defendendo a destituição dos poderes.