O pai do jovem, que foi sequestrado por uma facção criminosa durante uma confraternização com a família em Salvador (BA) na última terça-feira (26), pede que a polícia realize buscas no mar. A investigação indica que os criminosos o sequestraram por suspeitarem de que ele fazia parte de um grupo rival.
Quase três dias depois, o jovem de 20 anos, que teve seu nome preservado pela família, ainda se encontra desaparecido. Na ocasião, o rapaz estava saindo de um restaurante na região Gamboa com o pai, quando foi abordado por suspeitos que levaram ele para uma área de mata, da qual não retornaram mais.
“Fiquei sabendo que eles costumam amarrar uma pedra nas pessoas que matam e jogam na praia para ficar no fundo”, afirmou o familiar, que pediu para ter a identidade preservada, ao Correio 24 horas.
Segundo a Polícia Militar da Bahia (PM-BA), o jovem era monitorado nas redes sociais por membros da facção criminosa, justamente por suspeita de que a vítima era membro de uma facção rival. À reportagem, o pai ainda mencionou que o filho não era uma pessoa envolvida na criminalidade.
“Quem conhecia meu filho sabia que ele não era uma pessoa envolvida no tráfico [...] está machucando o coração dos familiares”, disse o pai da vítima, que afirma ter esperança de encontrá-lo vivo ou pelo menos enterrá-lo com dignidade.
A Polícia Civil está mantendo os detalhes em sigilo para preservar o andamento da investigação, que é preciso haver indícios de que a vítima tenha sido jogada no mar para solicitar que o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA) inicie as buscas.
“Temos [esperança] sim, e muito. [Mas se não for possível], queremos fazer um enterro digno. Ninguém merece isso”, lamentou o pai do jovem.