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Juiz afastou ex-presidente do BRB após pedido de prisão feito pelo MPF

Ao longo de meses, o BRB tentou fechar um acordo para comprar o Banco Master. A operação tinha o apoio do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), mas foi barrada pelo Banco Central

Presidente do BRB, Paulo Henrique Costa | Foto: Reprodução
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O Ministério Público Federal chegou a pedir a prisão preventiva do agora ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, no escopo da operação Compliance Zero deflagrada nesta terça-feira (18).

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A Justiça Federal em Brasília, no entanto, considerou "proporcional" apenas afastar Paulo Costa do comando do banco. Também foi afastado o diretor financeiro do BRB, Dario Oswaldo Garcia Junior.

Ao longo de meses, o BRB tentou fechar um acordo para comprar o Banco Master. A operação tinha o apoio do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), mas foi barrada pelo Banco Central.

O esquema, segundo as investigações

Segundo as investigações, o BRB injetou R$ 16,7 bilhões no Master entre 2024 e 2025. Desses, pelo menos R$ 12,2 bilhões envolvem operações em que há fortes indícios de fraude.

Em linhas gerais, segundo as investigações:

  1. O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em certificados de depósito bancário (CDBs, um tipo de título financeiro) prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro.
  2. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte do dinheiro dos CDBs em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno.
  3. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB – que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master.
  4. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master – e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF.

Com informações do g1.

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