A Justiça do Piauí decidiu revogar a prisão e colocar em liberdade, mas com medidas cautelares, os pais do bebê Wesley Carvalho Ferreira, morto queimado durante um ritual realizado por membros de sua família, segundo as investigações da Polícia Civil. A decisão, de acordo com a defesa, se deu com base na inexistência de materialidade e autoria por parte dos investigados.
A defesa da família alega falhas no processo investigativo, além da falta de provas. Em entrevista ao Meionorte.com, o advogado Smailly Carvalho, não há indícios até o momento de homicídio e nem que a criança teria sido morta e queimada durante um ritual.
“Pedimos o exame mental dos pais e pedimos ao juíz pela revogação da prisão tendo em vista que os mesmos já estão há 8 meses presos e não oferecem riscos a sociedade, a audiência tinha sido concluída. Os mesmos possuem residência fixa, são primários e o exame poderia demorar para ser concluído”, disse, em primeira mão para a reportagem.
As medidas cautelares foram: Assinar no fórum mensal; não se ausentar da comarca; não frequentar bares e festas nem se envolver em brigas e delitos.
A criança desapareceu em fevereiro deste ano e os restos mortais ainda não foram localizados. Os avós Manoel José Xavier Pinto e Maria Lindalva de Carvalho, também foram soltos nesta semana, além de outros familiares. Alguns menores indiciados e apreendidos ligados ao caso já haviam sido liberados.
Prisões, indiciamentos e internações provisórias
As internações provisórias, indiciamento e prisões ocorreram após as contradições nos depoimentos dos pais e avós da criança. Para a defesa, não há como se falar em homicídio sem vestígios do crime, apesar dos depoimentos dos familiares citarem como tudo ocorreu.
Os familiares foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e também pela ocultação de cadáver. O processo segue em segredo de justiça.