A perícia criminal identificou que o corpo de Saimon Alexandre do Nascimento Roldão, de 17 anos, tinha marcas de agressão, perfurações no rosto e sinais de carbonização, o que indica possível execução com requintes de crueldade. O cadáver do rapaz foi foi localizado na manhã desta quinta-feira (1º), dentro de uma área de matagal no conjunto São Francisco, zona Sul de Teresina.
COMO O CORPO ESTAVA
O perito Charles Cunha, do Instituto de Criminalística do Piauí, o cadáver foi encontrado em de bruços, com a parte superior do corpo parcialmente queimada e com o rosto desfigurado. Ao virar o corpo, os peritos observaram perfurações faciais e lesões provocadas possivelmente por instrumento contundente.
“No local, encontramos pedras com marcas de sangue. Também identificamos um trecho de arrastamento, como se o corpo tivesse sido levado de um ponto a outro dentro do matagal. O corpo está em estado de putrefação, o que indica que a morte ocorreu há cerca de três a quatro dias”, detalhou o perito.
A perícia também informou que há indícios de que a vítima tenha sido agredida antes de morrer. “Quando viramos o corpo, observamos danos severos no rosto e marcas de combustão, o que dificulta ainda mais a identificação visual”, acrescentou Cunha.
Reconhecimento informal e investigação
Embora exames de DNA devam confirmar a identidade, familiares confirmaram que se trata de um adolescente de 17 anos, desaparecido desde terça-feira (29) do residencial Mário Covas.
A mãe do jovem relatou que ele foi visto pela última vez por volta das 18h20, quando trocou mensagens com a namorada. “Ele disse que ia tomar banho e sair para encontrar um rapaz. Depois disso, ninguém mais teve notícias”, contou. Ela também relatou que o filho havia se envolvido com drogas e já tinha passagens pela polícia.
O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que vai analisar se há envolvimento de terceiros e qual foi a motivação do crime.