A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou por ampla maioria uma resolução contra a invasão russa da Ucrânia após três dias de discursos de mais de cem de países.
Foram:
- 141 votos a favor (o Brasil votou aqui ao lado de EUA, União Europeia e outros)
- 5 votos contra (Rússia, Belarus, Coreia do Norte, Eritréia, Síria)
- 35 abstenções (China, Índia e África do Sul entre outros países)
O texto "deplora nos mais fortes termos a agressão da Rússia contra a Ucrânia" e não tem força de lei. Sua importância, portanto, é política: mostra como a maioria dos países, vê a invasão promovida por Moscou.
Praticamente todos os oradores na Assembleia condenaram a guerra, a insegurança e o risco de escalada do conflito armado em um mundo que começava a se recuperar dos estragos devastadores da pandemia de Covid-19, como demonstra a escalada de preços das matérias-primas, principalmente do gás e petróleo, ou a queda das bolsas de valores.
O embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, falou brevemente após a votação da Assembleia Geral. Ele defendeu o diálogo e as discussões sobre a paz.
"O Brasil continua a exortar todos os atores a desescalar e renovar os esforços em favor de um acordo diplomático entre a Ucrânia e a Rússia para o restabelecimento da segurança e da estabilidade da região", disse Costa Filho.
Bombardeio atinge cervejaria e deixa ao menos um civil morto
Um bombardeio russo atingiu uma cervejaria na região de Luhansk, na Ucrânia. O ataque foi confirmado pela administração estatal regional.
O que se sabe até agora é que pelo menos um civil foi morto. A fábrica atingida é da cervejaria Lisichansk.
Bombardeios matam 25 em Kharkiv; Rússia diz ter capturado cidade de cerca de 250 mil pessoas
Mais quatro morreram em Kharkiv na manhã desta quarta-feira (2), segundo o Serviço de Emergências da Ucrânia. Anteriormente, foi anunciado que um bombardeio havia matado 21 pessoas, de acordo com o governador Oleg Synegubov.
O prefeito da cidade de Kharkiv, Ihor Terekhov, disse que a cidade não vai se render às forças russas, e que os seus inimigos estão atacando com frequência pelo ar, inclusive bairros residenciais.
"Kharkiv é uma cidade onde se fala russo, uma em quatro pessoas aqui tem parentes na Federação Russa, mas hoje a forma de reagir à Rússia é completamente diferente do que era. Nós nunca esperamos que isso fosse acontecer: destruição total, aniquilação, genocídio contra o povo ucraniano, é imperdoável", disse ele.