O Egito alertou o governo israelense, há 10 dias antes do ataque, de que "algo grande" estava sendo planejado pelo grupo terrorista Hamas. Uma fonte de Inteligência do Cairo, citada pela agência de notícias Associated Press, afirmou que o Hamas estaria planejando a ação em Gaza.
O ataque terrorista - o maior já realizado por um grupo palestino contra Israel, provocou uma escalada de violência que já deixou mais de 2,4 mil mortos e milhares de feridos nos dois lados da fronteira.
De acordo com o oficial de inteligência egípcio, que não teve o nome divulgado por não ter autorização para discutir o tema, o Cairo informou autoridades do gabinete de Benjamin Netanyahu de que "algo grande" estava sendo planejado pelo Hamas em Gaza, mas o alerta foi ignorado. Segundo ele, as atenções das autoridades israelenses estavam voltadas para a Cisjordânia, onde ocorreram os confrontos mais recentes entre extremistas palestinos e forças de segurança de Israel.
"Nós alertamos a eles que uma situação explosiva estava para acontecer, muito em breve, e que seria algo grande. Mas eles subestimaram os alertas", disse o oficial de inteligência.
Israel e Egito mantêm um acordo de cooperação para controlar a fronteira de Gaza, principalmente para conter a atuação de grupos extremistas. A incapacidade dos serviços de Inteligência em prever o ataque do Hamas motivou uma série de duras críticas contra Netanyahu e seu gabinete desde sábado.
Também citado pela AP, o ex-conselheiro nacional de Segurança Nacional de Netanyahu, Yaakov Amidror, classificou o episódio como "um grande fracasso".
“Essa operação, na verdade comprova que as capacidades (de inteligência) em Gaza não eram boas”, afirmou.