Após três décadas de tentativas frustradas, a Argentina parece estar próxima de adquirir um novo avião de combate. O país assinou um memorando para a compra de 24 caças americanos F-16 usados da Dinamarca, em um negócio estimado em US$ 664 milhões (R$ 3,3 bilhões hoje), o que representaria um salto significativo na capacidade de defesa da nação.
Desde que aposentou seus últimos aviões de caça, os Mirage franceses, em 2015, a Força Aérea Argentina enfrenta uma carência crônica nessa área. Atualmente, sua frota se resume a 12 aviões de ataque A-4 Fightinghawks, dos quais apenas uma pequena porção está em condições operacionais, e alguns modelos de primeira geração do Tucano da Embraer, em uso limitado.
A escassez de recursos e as oscilações econômicas da Argentina ao longo das últimas décadas têm dificultado a modernização de suas Forças Armadas. Em 2023, o orçamento de defesa do país era cerca de um décimo do brasileiro, o que reflete a priorização de outras áreas frente à área militar.
A possível aquisição dos caças F-16 enfrenta desafios políticos e diplomáticos, principalmente considerando o histórico conflituoso da Argentina com o Reino Unido, especialmente em relação às Ilhas Falkland, conhecidas como Malvinas no país sul-americano. O embargo militar britânico tem sido um obstáculo para tentativas anteriores de modernização das Forças Armadas argentinas.
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