Após aumentar o próprio salário, Javier Milei volta atrás e revoga decreto argentino

Documento assinado pelo presidente previa aumento de quase 50%, segundo a oposição argentina. Milei culpou reajuste por norma criada no governo Kirchner.

Após aumentar o próprio salário, Javier Milei volta atrás e revoga decreto | Reprodução
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Neste sábado (9), o presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou a revogação de um decreto que aumentava o seu próprio salário e o dos ministros. O reajuste gerou críticas tanto da sociedade argentina quanto de membros da oposição.

Em 21 de fevereiro, o governo argentino anunciou um aumento de 30% no salário mínimo para os trabalhadores, uma medida que ficou aquém das expectativas tanto dos empresários quanto dos sindicatos.

Entretanto, ainda em fevereiro, veio à tona um documento assinado por Milei que contemplava um aumento salarial para o presidente, ministros e outros cargos do governo. De acordo com a oposição, esse aumento era próximo de 50%, o que gerou críticas significativas.

EXPLICAÇÃO: O caso ganhou repercussão na imprensa argentina. Neste sábado, em um post nas redes sociais, Milei disse que vai revogar a medida e culpou a ex-presidente Cristina Kirchner pelo aumento.

"Acabo de ser informado que em decorrência de um decreto assinado pela ex-presidente Cristina Kirchner em 2010, que estabelecia que os dirigentes políticos deveriam ganhar sempre mais que os funcionários da administração pública, foi concedido um aumento automático aos quadros políticos deste governo", escreveu.

O Gabinete Presidencial também publicou uma nota afirmando que o aumento havia sido dado de forma automática por causa de um decreto assinado por Kirchner.

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