O presidente argentino Javier Milei afirmou esta semana que deverá demitir 70 mil servidores públicos. Nesta quarta-feira, 27, o seu porta-voz, Manuel Adorni, confirmou que 15 mil serão cortados até o dia 31 de março e que o restante das demissões está em discussão.
As demissões dão continuidade ao plano de Milei para buscar equilíbrio fiscal na Argentina por meio do corte de gastos públicos, incluindo a redução no número de servidores. Entre as promessas de campanha de Milei, estavam ainda a paralisação de obras públicas, corte de financiamentos a províncias e o fim de 200 mil planos de seguridade social.
Essas medidas foram destacadas pelo presidente argentino durante um evento de negócios nesta terça-feira. No final do seu discurso, ele garantiu haver mais “motosserra”, como ficou conhecida a sua política de redução de gastos, nos próximos meses.
As medidas enfrentam oposição dos sindicatos de trabalhadores do país, que chegaram a organizar uma greve geral em janeiro. Uma nova mobilização foi convocada pela Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) depois das novas declarações do governo.
Nos primeiros 100 dias, as medidas de austeridade de Milei foram responsáveis pelo aumento dos preços de alimentos, transportes, combustíveis entre outros setores no país, além de aumentar o nível de pobreza entre a população argentina e precarizar a prestação de serviços públicos no país.