A pergunta "O dinheiro traz felicidade?" é algo que ressoa frequentemente em nossas mentes. Certamente, é uma indagação que encontra eco em muitos de nós. Normalmente as pessoas são sugeridas a serem encorajadas a buscarem pelo dinheiro, embora acreditem que isso não seja a chave para a felicidade.
No entanto, é fundamental esclarecer algumas nuances a respeito. Em primeiro lugar, não sou um incentivador da busca incessante por dinheiro. Pelo contrário, meu objetivo é ajudar as pessoas a aprenderem a administrar seu dinheiro de maneira estratégica e consciente, com o intuito de não precisarem correr atrás dele desesperadamente. Além disso, é válido destacar que, até certo ponto, o dinheiro pode, sim, contribuir para a felicidade.
Reavaliando despesas
Independentemente da abordagem escolhida, seja papel e caneta, planilhas ou aplicativos, o primeiro passo é entender as fontes de renda e as despesas. Isso envolve mapear as entradas mensais e categorizar os gastos em essenciais e supérfluos. Ademais, é crucial antecipar despesas inesperadas para ter uma noção realista do montante necessário para desfrutar de uma boa qualidade de vida, mesmo em circunstâncias adversas.
Depois de uma análise das finanças, é possível identificar áreas nas quais é viável reduzir custos. Mayara Sekertzis, por exemplo, reconsiderou seus gastos e constatou que estava pagando por serviços de streaming e televisão a cabo desnecessários. A eliminação de alguns desses serviços resultou em uma economia mensal de R$ 600. "Reavaliar permite identificar onde é possível fazer ajustes ou cortes", compartilha ela.
A relação entre dinheiro e felicidade
É inegável afirmar que o dinheiro, por si só, não é a chave para a felicidade. A felicidade é um conceito subjetivo e influenciado por diversos fatores, entre eles, a riqueza financeira. Algumas pessoas acreditam que o dinheiro pode proporcionar felicidade, enquanto outras argumentam que a verdadeira felicidade independe de bens materiais.
Possuir recursos suficientes para garantir uma vida segura, com acesso à saúde, educação, conforto material e experiências enriquecedoras, sem dúvida, contribui para um bem-estar emocional que nos torna mais felizes. No entanto, não se pode ignorar que a felicidade é também influenciada por uma série de aspectos que não podem ser adquiridos com dinheiro. Portanto, em minha perspectiva, a relação entre dinheiro e felicidade está vinculada à forma como você lida com ele.
Conclusões aprofundadas
Ter dinheiro não é, por si só, garantia de felicidade. Existem casos de pessoas que investem tempo e energia na busca incessante pela acumulação de riqueza, mas, por focarem exclusivamente nisso, não conseguem desfrutar dos momentos realmente felizes ao lado de seus entes queridos. Entretanto, é importante destacar que dissociar completamente felicidade e dinheiro não é sensato, uma vez que a falta de recursos pode gerar privações que causam estresse e infelicidade.
De acordo com um recente estudo conduzido por Daniel Kahneman e Matthew Killingsworth e publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, a felicidade continua a aumentar com a elevação da renda, mesmo ultrapassando os US$ 75.000 por ano, que haviam sido apontados por Kahneman em um estudo anterior, realizado em 2010.
Este novo estudo, ajustado pela inflação, entrevistou mais de 33 mil pessoas economicamente ativas nos Estados Unidos, entre 18 e 65 anos de idade, com renda familiar anual de pelo menos US$ 10.000. Os participantes foram convidados a relatar seus sentimentos aleatoriamente ao longo do dia, por meio de um aplicativo de smartphone chamado Track Your Happiness, desenvolvido por Killingsworth. Os resultados revelaram que a felicidade continua a aumentar com a renda mesmo para a maioria das pessoas, mesmo na faixa de renda mais alta.
Conclusivamente, a relação entre dinheiro e felicidade é complexa e multifacetada. Enquanto o dinheiro pode contribuir para o bem-estar emocional, a verdadeira felicidade é influenciada por diversos fatores, que incluem a qualidade dos relacionamentos, o senso de propósito e a conexão com outras pessoas e a natureza. Portanto, encontrar um equilíbrio saudável entre a busca pela prosperidade financeira e a apreciação dos aspectos não monetários da vida é fundamental para uma vida verdadeiramente plena e feliz.
Embora não seja um percurso isento de desafios, alcançar uma estabilidade financeira é perfeitamente viável seguindo algumas etapas cruciais:
Defina Metas Financeiras Claras: Estabeleça com precisão quais são os objetivos que deseja atingir com seus investimentos. Pode ser economizar para a aposentadoria, adquirir uma casa ou criar uma reserva para emergências. Esta definição direcionará seus esforços e o ajudará a selecionar investimentos que estejam alinhados com suas metas.
Crie e Siga um Orçamento: Um orçamento é um plano que delineia como você irá gastar e economizar seu dinheiro. Ele possibilitará a identificação de áreas onde é possível reduzir gastos e direcionar mais recursos para investimentos. Importante lembrar de incluir uma alocação mensal em sua carteira de investimentos no orçamento. Transformar esse aporte mensal em um compromisso irá garantir constância e disciplina.
Invista em Educação Financeira: Reserve tempo para se familiarizar, ao menos com o básico, sobre investimentos. Adquirir conhecimento nessa área irá transformar a maneira como você lida com o dinheiro e lhe conferirá maior controle sobre sua saúde financeira.
Diversifique Seus Investimentos: Construir uma carteira diversificada, composta por diferentes classes de ativos, é fundamental para diminuir riscos e aumentar o potencial de retornos.
Busque Orientação Profissional: Considerar a colaboração com um consultor financeiro ou um planejador é uma ótima ideia. Esse profissional o auxiliará a desenvolver um plano de investimento que esteja alinhado com suas necessidades e objetivos. A vantagem de contar com alguém que não possui vínculo emocional com suas decisões financeiras é que você terá uma perspectiva objetiva das escolhas, bem como dos riscos e oportunidades do mercado.
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