Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), destacou as administrações passadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma recente entrevista ao jornal regional O Diário, da região de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê. O dirigente partidário elogiou o "prestígio" de Lula e ressaltou que não se pode comparar o petista com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que Lula possui popularidade, enquanto Bolsonaro é caracterizado por seu "carisma".
“Lula não tem comparação com Bolsonaro, completamente diferente. O Lula tem muito prestígio, não o carisma que Bolsonaro tem, mas tem popularidade, é conhecido por todos os brasileiros. O Bolsonaro, não, pois tem um mandato só”, cravou.
Em uma análise sobre os dois presidentes, Valdemar Costa Neto afirmou que Lula teve um bom desempenho em seu governo, inclusive elegendo Dilma Rousseff. Ele destacou que eventuais erros cometidos por Lula deveriam ser julgados dentro dos limites legais, criticando a atuação do ex-juiz Sérgio Moro, atual senador do Paraná pelo União Brasil, por supostamente ultrapassar esses limites em sua busca por projeção política para uma futura candidatura presidencial.
“Se ele (Lula) errou em alguma coisa, tinha que ser julgado dentro da lei. O Moro errou, pois superou os limites da lei”, disse o ex-deputado.
Reação de Valdemar - Valdemar Costa Neto, ao ser procurado pelo jornal Estadão, expressou sua insatisfação com a ausência nas redes sociais do trecho em que elogia Bolsonaro e destacou a importância de manter a veracidade ao falar sobre Lula. Ele ressaltou que, mesmo sendo de um partido de oposição, não poderia proferir inverdades sobre um presidente do qual participaram do governo.
Ao abordar o período de 2003 a 2010, Valdemar relembrou que o vice-presidente de Lula foi José Alencar, então membro do PL. Ele também contextualizou a mudança de nome do partido, que passou de Partido da República (PR) para Partido Liberal em 2019.
Quanto à suposta falta de comparação entre Lula e Bolsonaro, Valdemar Costa Neto esclareceu que não estava emitindo um julgamento de valor sobre as realizações de ambos os presidentes, mas sim apontando para as diferentes formas de prestígio que cada um possui. Ele destacou o "popularidade" de Lula e o "carisma" único de Bolsonaro, afirmando que este último é incomparável no cenário político atual.