O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, passou a considerar a possibilidade de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo enfrentando diversos processos e investigações, possa escapar da prisão. Em meio à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e ao avanço dos inquéritos da Polícia Federal (PF), Valdemar acredita que o impacto político de uma eventual prisão deve ser cuidadosamente ponderado, não apenas pelos membros do governo Lula (PT), mas também pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Sua leitura é que Bolsonaro poderia se tornar um "mártir" e ganhar apoio se fosse detido.
Em um recente depoimento como parte de seu acordo de delação premiada, o ex-tenente-coronel afirmou que Bolsonaro pretendia ocultar pessoas sob investigação da PF, alegando seus supostos envolvimentos em ataques às instituições democráticas. O presidente do PL entende que, diante desse cenário, o ex-presidente poderia se beneficiar politicamente ao ser encarcerado, ganhando apoio como uma figura de resistência.
Cid detalhou que Bolsonaro teria sugerido que o influenciador bolsonarista Oswaldo Eustáquio se escondesse na residência oficial do Palácio da Alvorada para evitar a prisão, conforme investigações do ministro do STF, Alexandre de Moraes. A defesa de Bolsonaro negou as alegações, ressaltando que não havia uma relação próxima com Eustáquio.
O ex-ajudante de ordens também alegou que o ex-mandatário discutiu a possibilidade de adotar medidas semelhantes em relação ao youtuber Bismark Fugazza. Essas informações foram confirmadas por três fontes que acompanharam o processo de delação de Cid.
Enquanto isso, membros do PL expressaram perspectivas diferentes sobre uma possível nova condenação do ex-presidente na esfera eleitoral. Esperam uma derrota de Bolsonaro no julgamento que será retomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (31). A Corte Eleitoral avalia se Bolsonaro e seu candidato a vice, general Walter Braga Netto (PL), cometeram abuso de poder político e econômico nas comemorações do Bicentenário da Independência em sete de setembro de 2022. Até agora, dois ministros votaram a favor da condenação e um contra.
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