Nesta quarta-feira (13), a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou contra o recurso apresentado pelo ex-deputado federal Deltan Dallagnol, do Pode-PR, para anular a decisão que cassou seu mandato. Até o momento, cinco dos sete ministros da Corte se manifestaram a favor da manutenção da cassação do ex-procurador da Operação Lava Jato. Este julgamento está ocorrendo no plenário virtual do TSE.
Em maio deste ano, o tribunal concluiu que Deltan Dallagnol não poderia ter concorrido às eleições de 2022, uma vez que ele deixou o Ministério Público Federal (MPF) durante a tramitação de processos administrativos disciplinares contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
A questão da elegibilidade de Deltan Dallagnol foi contestada pela federação formada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no estado, bem como pelo candidato a deputado Oduwaldo Calixto, do Partido Liberal (PL). Antes de chegar ao TSE, a Justiça Eleitoral do Paraná havia rejeitado a alegação de inelegibilidade de Deltan.
Em junho, a Câmara dos Deputados declarou a perda de mandato do deputado. O suplente do Podemos, Luiz Carlos Hauly, tomou posse na vaga deixada pelo ex-procurador. Este desdobramento representa um capítulo importante na carreira de Deltan Dallagnol, que ganhou destaque nacional por seu papel nas investigações da Operação Lava Jato e agora enfrenta as consequências políticas de sua saída do MPF.