O Supremo Tribunal Federal (STF) registrou, nesta sextura-feira (11), a contabilização de três votos favoráveis para que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) seja tornada ré. As acusações envolvem os crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com o uso de arma de fogo. A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), tem como base um incidente ocorrido durante o período das eleições de 2022, no dia 29 de outubro, véspera do segundo turno das eleições.
Na ocasião, Zambelli teria sacado uma arma de fogo e perseguido o jornalista Luan Araújo. A perseguição teve início após uma troca de provocações entre ambos durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo. Os votos favoráveis ao recebimento da denúncia contra a deputada foram proferidos pelo relator do caso, ministro Gilmar Mendes, bem como pelos ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia.
No seu voto, o relator, ministro Gilmar Mendes, observou que há indícios suficientes para justificar a abertura de uma ação penal contra Carla Zambelli. Ele ressaltou que, mesmo que a acusada tenha porte de arma, o uso fora dos limites da legítima defesa, especialmente em um contexto público e às vésperas de uma eleição, pode acarretar em responsabilidade penal.
O julgamento está em andamento no plenário virtual do STF, modalidade em que os ministros inserem seus votos em um sistema eletrônico, sem a necessidade de uma deliberação presencial. A sessão virtual está programada para se estender até o dia 21 de agosto.