Nesta quarta-feira (19/7), senadores da oposição protocolaram um pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo do pedido é a declaração do ministro durante o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em que ele afirmou ter enfrentado e derrotado o "bolsonarismo".
Durante uma coletiva de imprensa, o senador Jorge Seif (PL-SC) informou que o requerimento foi assinado por 13 senadores e cerca de 70 a 80 deputados federais. O parlamentar bolsonarista ressaltou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reconheceu a seriedade da declaração do membro do STF, indicando para a expectativa de que a ação avance na Casa.
Rodrigo Pacheco classificou a fala de Barroso como "infeliz" e pediu o fim dos ataques.
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) avaliou o episódio envolvendo o ministro Barroso como "gravíssimo" e afirmou que a declaração do magistrado mostra claramente que ele possui um posicionamento definido.
Jordy questionou o uso da primeira pessoa do plural na declaração de Barroso, afirmando que quando ele diz "Nós derrotamos o bolsonarismo", fica a dúvida sobre quem é esse "nós". O deputado sugeriu que Barroso se referia ao STF, do qual ele faz parte como vice-presidente e em breve será presidente, ou ao TSE, órgão que ele presidiu.
O parlamentar argumentou que não é atribuição de um ministro do Supremo derrotar alguém, mas sim zelar e proteger a Constituição. Segundo Jordy, se Barroso deseja derrotar alguém, que o faça por meio das urnas, mas como candidato.