No cenário político brasileiro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro vem ganhando atenção considerável dentro do Partido Liberal (PL), sendo considerada a principal herdeira da popularidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, caso ele permaneça inelegível em 2026. Em uma pesquisa recente encomendada por aliados, Michelle aparece apenas sete pontos atrás do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma eventual disputa pela Presidência da República.
O levantamento, realizado em fevereiro pelo instituto Paraná Pesquisas, revela que Michelle supera até mesmo Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e cotado como representante do bolsonarismo nas próximas eleições presidenciais. Michelle registra 38,7% das intenções de voto em um cenário contra Lula, enquanto o petista lidera com 45,4%. Em uma possível disputa entre Lula e Tarcísio, o governador soma 34,6%, ficando atrás dos 45,8% do presidente.
Na semana passada, Michelle Bolsonaro discursou na Avenida Paulista durante um ato convocado pelo marido, envolto em investigações sobre um suposto plano golpista em 2022. A fala da ex-primeira-dama, que durou mais de 15 minutos, recebeu destaque, superando o tempo de estrelas políticas como o governador Tarcísio de Freitas.
O PL já traçou diversos cenários após a possível inelegibilidade de Jair Bolsonaro, destacando Michelle em todos eles. A estreia da ex-primeira-dama nas urnas pode ocorrer ainda este ano, numa eleição suplementar no Paraná, caso seja confirmada a cassação do mandato do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil). O partido planeja usar essa disputa para proporcionar visibilidade e experiência política a Michelle, que nunca disputou um cargo eletivo. O deputado federal Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), uma das principais lideranças do partido, destaca que "é mais provável que Michelle substitua Bolsonaro como candidata à presidência".
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