Na mira da PF: Lira pode perder presidência por crime de corrupção passiva

A investigação descobriu que o esquema deixou uma dívida para além de R$ 8 milhões aos cofres públicos

Lira está sendo investigado pela PF por suposto esquema de desvio de dinheiro | Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), está com sua liderança em risco, cercado por uma operação da Polícia Federal (PF) para investigar um suposto esquema de desvios de verbas públicas alimentado por emendas parlamentares e que resultou na exoneração de seu ex-assessor, Luciano Cavalcante.

Além disso, Alexsander Moreira, diretor do Ministério da Educação, também foi desligado do cargo pelo governo. Essas exonerações ampliaram a pressão sobre Lira, que passará a lidar, a partir desta terça-feira (06), com um segundo julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), podendo este torná-lo réu por corrupção passiva.

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A operação da PF, denominada Hefesto, está analisando os desvios de dinheiro  do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação. A suspeita é de falsificação em licitações e lavagem de dinheiro na aquisição de kits de robótica, que seriam direcionados a escolas no Estado de Alagoas. Segundo as investigações, houve o superfaturamento na compra dessas mercadorias entre 2019 e 2022, gerando um rombo de R$ 8,1 milhões aos cofres públicos.

O presidente da Câmara não só enfrenta a investigação em curso, como também um julgamento no Supremo relacionado ao caso de recebimento de propina. 

O inquérito iniciou em 2012, quando houve a apreensão de um montante em dinheiro vivo com um assessor da Câmara dos Deputados. A Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou que a quantia seria encaminhada a Lira em troca de sua indicação na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Apesar da defesa do deputado ter recorrido contra as acusações, o julgamento será retomado no STF.

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