O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (26), em São Paulo, que irá revogar o decreto de 2017 que impede o governo federal de arcar com os custos de translado de corpos do exterior para o Brasil. A decisão foi tomada após a repercussão da morte de Juliana Marins, brasileira que faleceu ao cair de uma trilha em um vulcão na Indonésia.
Segundo Lula, ele só tomou conhecimento do decreto após o episódio envolvendo Juliana. “Quando chegar a Brasília vou revogar o decreto e fazer outro para que o governo assuma a responsabilidade de custear as despesas da vinda do corpo dessa jovem para o Brasil", afirmou. No entanto, o presidente não detalhou quais situações seriam cobertas ou quais custos especificamente ficariam sob responsabilidade do governo.
Em contato com familiares
O presidente também revelou que conversou por telefone com os familiares da jovem nesta quinta. "Eu disse para ele que eu sei que não existe nada pior do que um pai ou a mãe perder um filho. (...) É um sofrimento que não tem cura. Eu falei para o seu Manoel [Marins, pai de Juliana], a gente vai ajudar no seu sofrimento, resgatando a sua filha e trazendo. Vamos cuidar de todos os brasileiros, estejam eles onde estiverem", declarou Lula.
A medida foi motivada pela comoção gerada pelo caso e pela mobilização pública que cobrou uma resposta do governo. O presidente ressaltou o compromisso de garantir apoio a brasileiros em situações semelhantes no exterior.
Mais cedo, Lula já havia se manifestado nas redes sociais, informando que havia determinado ao Itamaraty que prestasse toda a assistência necessária à família de Juliana.