Na tarde desta terça-feira (04), o ministro da Educação, Camilo Santana, revelou em um evento que a construção de novas universidades e institutos federais será contemplada no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Durante a cerimônia, realizada em Foz do Iguaçu (PR) para anunciar a retomada das obras do campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), o ministro confirmou um investimento de R$ 600 milhões da Itaipu Binacional para a conclusão das obras.
"Daqui a pouco, o presidente vai lançar o novo PAC e vai incluir novas instituições federais de nível superior para os estudantes deste país. Universidades e institutos federais", assegurou Santana.
O PAC, conhecido por sua importância nos mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-presidente Dilma Rousseff (ambos do PT), tem como objetivo promover investimentos tanto públicos quanto privados em projetos de infraestrutura em todo o país. Com seu retorno ao Planalto, Lula afirmou que pretende relançar o programa, priorizando a retomada de obras paralisadas, a aceleração das obras em andamento e o desenvolvimento de novos empreendimentos em áreas estratégicas.
Na segunda-feira (03), o presidente anunciou que a primeira etapa das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) fará parte da nova rodada do PAC. No entanto, o ministro da Educação não especificou quais projetos serão incluídos no programa.
Em 2018 e 2019, foram criadas as duas últimas universidades federais do país, a Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) e a Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), respectivamente. Ambas foram desmembradas de outras instituições de ensino existentes, como a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a Universidade Federal do Tocantins (UFT).
Enquanto isso, os institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia, que oferecem cursos técnicos, ensino médio e ensino superior, foram criados em sua totalidade durante o segundo mandato de Lula, em 2008.
Educação como prioridade
Em seu discurso na terça, o chefe do Executivo enfatizou a importância de investimentos na área da educação, afirmando que não há nada mais econômico do que financiar a formação dos jovens.
"Não precisa ser doutor para saber dessas coisas. É só ter o mínimo de inteligência para saber que qualquer dinheiro que a gente colocar na educação vale a pena colocar porque é investimento. Este país pode ser o que a gente quiser, pode ser do tamanho que a gente quiser. A gente precisa ter capacidade para realizar os nossos sonhos", afirmou.
Além disso, o presidente ressaltou seu desejo de se candidatar a um terceiro mandato para expandir a criação de escolas técnicas, institutos federais e universidades.
"Eu voltei a ser presidente da República para provar que o pobre nunca fui e nunca será problema. A hora que a gente coloca o pobre no Orçamento, ele deixa de ser problema. Eu voltei a governar para provar que a gente vai fazer mais escolas técnicas, mais institutos federais e mais universidades. E vamos fazer escolas de tempo integral neste país", declarou.
Antes de deixar o evento no Paraná, Lula fez uma defesa da participação popular na política e mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que "quando não gostamos de política, surge alguém como Bolsonaro. É isso que acontece", o que gerou o coro da plateia gritando "inelegível".
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