Com a decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) de manter a taxa de juros, a Selic, em 13,75%; o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) explicitou na noite de quarta-feira, 22 de junho, toda a sua indignação. Assim, o líder da República reverberou que quem está brigando com o Banco Central é a sociedade brasileira.
Diante desse indicativo, o petista elencou pontos que têm sido prejudicados com a postura da instituição em manter a taxa num patamar elevado, um dos maiores do mundo, mesmo com os indicativos positivos dados pela economia nacional. Campos Neto, presidente do BC, tem sido constantemente apontado por governistas, que alegam uma atuação 'ideológica', pelo alinhamento ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL-RJ).
Lula destaca o endividamento dos brasileiros, que perderam o controle das finanças diante das taxas elevadas, o que também impacta no poder de compra.
"Quem está brigando hoje com o Banco Central é a sociedade brasileira. Os varejistas, os pequenos e médios empreendedores, as pessoas que precisam de crédito. É irracional o que está acontecendo no Brasil. Temos 72% de brasileiros e brasileiras com dívidas, e esse é um problema da sociedade brasileira", disse.
O COPOM alegou que a conjuntura atual ainda exige cautela e parcimônia. A expectativa que vem sendo trabalhada por Campos Neto, é que a Selic venha a começar o trajeto de redução somente a partir de agosto ou setembro. Aliás, a próxima reunião do Colegiado é só no início de agosto, ou seja, em julho, não há a menor perspectiva de uma queda no patamar atual.