Copom deve manter taxa Selic em 13,75% ao ano nesta quarta-feira

A taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, permanece em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado

Copom deve manter taxa Selic em 13,75% ao ano nesta quarta-feira | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve manter a taxa básica de juros da economia brasileira, conhecida como Selic, em 13,75% ao ano, conforme as expectativas do mercado. A reunião do Copom teve início na terça-feira e será concluída no final da tarde desta quarta-feira. Apesar da pressão contínua do governo federal, principalmente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a redução da taxa de juros deve começar somente na próxima reunião do Copom, agendada para o início de agosto. 

A taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, permanece em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado, representando a mais alta do mundo quando ajustada pela inflação. Os juros são utilizados pelo Banco Central como uma ferramenta para atingir a meta de inflação: quando a inflação está elevada, os juros são aumentados na tentativa de controlá-la. 

"O maior motivo para o Banco Central manter a Selic em 13,75% até o momento é a preocupação com as expectativas de inflação no longo prazo, os núcleos de inflação elevados e a incerteza fiscal. Desde a última reunião do Copom, em 3 de maio, todas essas variáveis mudaram para melhor, principalmente a incerteza fiscal, após a aprovação do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados", avalia Pedro Oliveira, tesoureiro do Paraná Banco Investimentos.

Nos últimos meses, o cenário macroeconômico tem apresentado diversos sinais de melhora, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima das expectativas no primeiro trimestre, a redução na cotação do dólar e as melhorias nas projeções de inflação pelo mercado. No entanto, apesar desses indicadores positivos, não se espera uma redução nas taxas de juros. Um forte indício disso é a falta de qualquer sinalização de corte na última reunião do Copom, realizada em maio.

Ao longo deste ano, o governo tem expressado críticas em relação às decisões do Copom. A administração de Lula argumenta que os cortes nas taxas de juros deveriam ter sido iniciados anteriormente. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (19) que, em sua opinião, a redução dos juros deveria ter começado em março. 

(Com informações do Portal iG)

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