O hacker Walter Delgatti Neto, famoso por ter sido responsável pela divulgação das informações conhecidas como "Vaza Jato”, juntamente com o PL teriam planejado exibir fraude de urna em telão. A informação foi revelada pelo comentarista da Globonews Octavio Guedes, o qual mencionou os planos do partido em relação às eleições presidenciais do ano passado.
Durante o programa Estúdio I, Guedes afirmou que o partido queria colocar o hacker em um caminhão de som, "durante uma das micaretas autoritárias que Bolsonaro fazia", com uma urna eletrônica e um telão, exemplo disso, durante o 7 de setembro.
Conforme Octavio Guedes, o hacker, então, digitaria 22 (o número e foto de Bolsonaro) na urna e apareceria o 13 (número e foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva) no telão, como "prova" da fraude nas urnas. Em seguida, apareceria um código-fonte criado pelo hacker, não o utilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Fake news é isso. Ela tem um cheiro de verdade (urna eletrônica), mas inverte e mostra. Mas o plano não foi adiante", disse Guedes, ressaltando que ouviu as informações de terceiros.
Questionado pela Polícia Federal, Delgatti Neto disse que chegou a se reunir com o Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, para tratar do sistema das urnas eletrônicas. O hacker relata que o ex-presidente perguntou se ele conseguiria invadir as urnas se estivesse munido do código-fonte dos equipamentos. Entretanto, ele disse que "isso não foi adiante".
Na manhã desta quarta-feira, 2 de agosto, Walter Delgatti Neto foi alvo de uma operação da PF. Ele foi preso, pela terceira vez, por acessar contas de aplicativos de mensagens de autoridades responsáveis pela operação, a chamada "Vaza Jato".