A exoneração do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes foi publicada na terça-feira (11), no Diário Oficial da União, apesar de que no dia 23 de março, Dutra assumiu a 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército.
Ele era o responsável por comandar a segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, dia em que terroristas invadiram e destruíram os três poderes. Militares envolvidos direta ou indiretamente nos atos de invasão dão depoimento hoje à Polícia Federal.
A decisão foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ontem a exoneração foi publicada no Diário Oficial da União.
Em nota divulgada à imprensa, o Exército declarou que “não há qualquer relação entre as exonerações e nomeações publicadas no Diário Oficial da União em 10 de abril e os esclarecimentos que serão prestados por militares no interesse do inquérito 4923 da Polícia Federal”.
TROCADO DE POSTO
Dutra foi mudado de posto para que fossem evitadas desavenças entre Lula e os militares depois dos atos do dia 8 de janeiro. Na época, o Distrito Federal já estava sob intervenção do governo e a Polícia Militar realizava a derrubada dos equipamentos dos bolsonaristas, enquanto isso, o general Dutra teria apresentado residência em prendê-los.
DEPOIMENTOS
A Polícia Federal deu início nesta quarta-feira (12) a colher os depoimentos de aproximadamente 80 militares com relação aos atos terroristas que aconteceram no dia 8 de janeiro, quando golpistas invadiram e destruíram o Supremo, Planalto e Congresso. Esse procedimento faz parte da investigação sobre uma possível participação de militares e membros das Forças Armadas nesses atos.