Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul enfrentou desafios significativos relacionados a desastres naturais, e os dados do governo federal mostram que houve uma tendência de priorizar investimentos em reconstrução em vez de prevenção. Entre 2018 e 2024, foram investidos R$ 518,2 milhões em ações de socorro e recuperação de áreas atingidas, enquanto as ações de prevenção receberam R$ 81,2 milhões. Isso representa uma diferença de sete vezes entre os valores alocados para recuperação em comparação com prevenção.
ALTO CUSTO DE RECUPERAÇÃO: A disparidade é ainda mais evidente em 2023, quando o Rio Grande do Sul sofreu com as piores chuvas de sua história e houve um investimento de R$ 263,9 milhões em recuperação, contra apenas R$ 9,1 milhões em prevenção. O Ministério do Planejamento e Orçamento justificou a diferença, afirmando que os custos de reconstrução são mais altos e demandam mais recursos, enquanto a prevenção costuma ser menos dispendiosa.
INVESTIMENTO CONTRA DESASTRES: O governo Lula (PT), no entanto, anunciou nesta semana R$ 6,5 bilhões em obras para áreas de prevenção, incluindo R$ 1,7 bilhão para contenção de encostas e R$ 4,8 bilhões para drenagem urbana em todo o país. Esses recursos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que visa melhorar a infraestrutura e prevenir desastres naturais. O Ministério das Cidades também ressaltou a importância das prefeituras solicitarem recursos para execução de obras após seleção dos projetos.
NÚMEROS NOS IMPACTADOS PELA INUNDAÇÃO: No Rio Grande do Sul, a Defesa Civil atualizou os números das vítimas das chuvas, com 100 mortes confirmadas, 128 desaparecidos e 372 feridos. Além disso, 230,4 mil pessoas estão fora de casa, sendo 66,7 mil em abrigos e 163,7 mil desalojadas, buscando refúgio em casas de amigos ou familiares. O retorno das chuvas e dos ventos fortes nesta quarta-feira preocupa as autoridades, que tentam manter a segurança e evitar mais tragédias.
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