O presidente Lula (PT) está previsto para anunciar, nesta quarta-feira (8), um pacote de R$ 6,5 bilhões em investimentos para obras de prevenção a desastres. De acordo com membros da equipe do presidente, esse montante será destinado a projetos de contenção de encostas e drenagem urbana. O pacote, que visa combater os efeitos devastadores de deslizamentos e enchentes, inclui R$ 1,7 bilhão para contenção de encostas e R$ 4,8 bilhões para melhorias no sistema de coleta e escoamento de água das chuvas.
ACELERAÇÃO DA ANÁLISE: A apresentação dos projetos para prevenir deslizamentos estava programada para ocorrer nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília, mas a situação no Rio Grande do Sul, atingido por temporais, acelerou a análise das propostas para drenagem urbana. O governo também está buscando divulgar a lista de obras dessa área no mesmo evento. O estado do Rio Grande do Sul, que enfrenta uma situação de emergência com 95 mortos e mais de 130 desaparecidos devido às chuvas, deve receber R$ 152 milhões para investimento em contenção de encostas.
OUTRAS OBRAS DO PAC: Esses recursos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado para a prevenção de desastres, que abrange obras de contenção de encostas e drenagem urbana. A cerimônia no Planalto também incluirá o anúncio de outras obras do PAC com foco na baixa renda, como a compra de cerca de 5,5 mil ônibus 'verdes', além de investimentos em favelas. A renovação de frota prevê a aquisição de ônibus elétricos ou versões modernas, ainda a diesel, com ar condicionado e Wi-fi, para melhorar o transporte público.
INFRAESTRUTURA URBANA: O governo também planeja ampliar a infraestrutura urbana em favelas, incluindo saneamento básico, sistema viário e iluminação pública. Estados da região Norte, como Pará, Amapá e Amazonas, devem ser priorizados para projetos de melhoria em moradias sem infraestrutura. Além disso, uma nova rodada do PAC prevê a melhoria no acesso a água potável em regiões rurais, principalmente no Pará, Ceará e Bahia. Os aliados de Lula veem o pacote como uma resposta à crise de popularidade e um esforço para demonstrar ação diante da situação emergencial no Rio Grande do Sul.
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