Ex-ministro de Bolsonaro, Ciro Nogueira critica extremismo e pede reflexão da Direita

O senador do Piauí e presidente nacional do Progressistas usou o exemplo da França, em que a extrema-direita saiu derrotada neste domingo, 07 de julho.

Ciro Nogueira é aliado fiel de Jair Bolsonaro. Foi o seu ministro da Casa Civil. | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Neste domingo, 07 de julho, o ex-ministro da Casa Civil na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e atual senador Ciro Nogueira se pronunciou sobre os resultados das eleições legislativas na França, onde a coalizão de esquerda emergiu vitoriosa, relegando a extrema-direita a mais uma derrota significativa.

O presidente nacional do Progressistas destacou em seu texto a importância das eleições francesas como uma lição para o Brasil, enfatizando os perigos dos extremos políticos que tentam dominar o cenário político. 

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"Os setores extremistas, que possuem tentações majoritárias e dominantes em ambos os polos, procuram o tempo todo desqualificar os que pensam diferente, mesmo que possuam inúmeros pontos de convergência com pontos centrais de sua agenda.", observou o senador.

O político brasileiro comparou a situação política na França com a realidade brasileira, alertando contra a tentação de alguns setores da direita brasileira em se isolarem e acreditarem que podem ser referendados apenas pela vontade popular. 

"No Brasil não é diferente. Os setores mais vigorosos da Direita ainda imaginam que podem, sozinhos, ser referendados pela vontade popular. Mas o povo brasileiro não é de extremismos", afirmou.

Nogueira também criticou a estigmatização que certos setores conservadores enfrentam dentro da própria direita brasileira, especialmente aqueles que adotam premissas liberais clássicas sem necessariamente enfatizar questões de costumes. 

"Nada contra que cada corrente professe suas preferências e posturas. A democracia, afinal, é isso. Mas o que os acontecimentos da França demonstram é que a construção de uma maioria exige mais do que convicção", enfatizou.

Para o senador, os resultados na França mostram que a democracia enfrenta desafios significativos quando a política se torna um mero plebiscito entre extremos opostos. 

"Para aqueles da Direita brasileira que entendem que ela é o começo, o meio e o fim, fica o alerta da França: a democracia não possui um único caminho quando o extremismo se apresenta como a direção inevitável", concluiu.

Ao final de sua análise, Ciro Nogueira destacou que tanto a esquerda quanto a direita têm muito a aprender com os resultados eleitorais na França, onde a vitória não significou uma maioria absoluta, mas sim uma reflexão sobre as dinâmicas políticas contemporâneas.

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