A CPI do Transporte Público de Teresina não parou nas duas semanas de recesso na Câmara Municipal. Segundo o presidente, vereador Dudu Borges (PT) foram analisados mais de 4.300 páginas que compõem o processo e mais de 115 ofícios destinados a diversos órgãos.
Na volta dos trabalhos na Câmara Municipal, Dudu informa que a partir desta quinta-feira, 5, haverão reuniões de trabalho com advogados, contadores e técnicos e o objetivo é apresentar um relatório à altura do desafio proposto à CPI e ao final apresentar um conjunto de medidas para modificar o transporte público da capital.
"Estou analisando documentos fiscal, contábil e lançamentos bancários e se tiver necessidade de ouvir mais gestores e empresários faremos convocação e tudo num prazo célere", diz o vereador, enfatizando que serão feitos cruzamentos de informações, checagens de dados que serão repassados ao relator Enzo Samuel.
Povo tem pressa
"Ao final, a comissão vai julgar e votar o relatório e apresentar à sociedade o que foi apurado ao longo desses três meses", diz o presidente, declarando que não quer usar todo o tempo regimental da comissão, que é de 120 dias, pois o povo tem pressa na solução do problema.
Segundo Dudu, em entrevista à Rádio TV Jornal Meio Norte, o atual sistema foi gestado para não funcionar e declarou que, anteriormente, qualquer discussão sobre transporte público era vetada no Legislativo Municipal.
"Temos hoje um transporte público que humilha e agride a população", declara Dudu, afirmando ainda que em 2020, o sistema recebeu do Poder Público R$ 37 milhões.
Problema não é novo
Segundo Dudu, o problema do transporte público não é de 2020 até hoje, mas vem de anos anteriores e garantiu estar disposto para rebater o sistema atual. "Não vai ficar do jeito que está", disse, enfatizando que na análise de documentos há descumprimento da licitação e houve enriquecimento ilícito, prevaricação, improbidade administrativa.