O advogado da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), Daniel Bialski, afirmou nesta sexta-feira (16), em entrevista à jornalista Andrea Sadi, que vai solicitar à Justiça que a parlamentar cumpra em prisão domiciliar a pena de 10 anos imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A pena se refere à participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o hacker Walter Delgatti.
Laudos
🏠Segundo Bialski, a defesa se baseará em laudos médicos que atestariam a necessidade de cuidados especiais de saúde para a deputada. “Se os relatórios confirmarem o que ela afirmou — e acredito que sim —, vou pedir que a pena seja cumprida em casa, como já ocorreu em outros casos, diante do quadro clínico dela”, disse o advogado, argumentando que Zambelli “não representa risco à sociedade”.
Sem medida cautelar
⚖️ O defensor destacou que, durante todo o processo, Zambelli permaneceu em liberdade, sem qualquer medida cautelar mais severa. “Se houvesse risco real à ordem pública, ela teria sido presa preventivamente, o que nunca aconteceu”, reforçou.
Pena
A condenação da parlamentar e de Delgatti foi definida pela Primeira Turma do STF, que seguiu o voto do ministro relator Alexandre de Moraes. Zambelli foi sentenciada a 10 anos de prisão em regime fechado, além da perda do mandato (a ser decidida pela Câmara) e da inelegibilidade. Já Delgatti recebeu pena de 8 anos e 3 meses. Ambos deverão pagar R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.
Opinião da defesa
Apesar da decisão unânime entre os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, a defesa de Zambelli insiste em sua inocência. “Não há nenhuma prova que a incrimine nesse processo. Ela é absolutamente inocente”, declarou Bialski.
Plano
A estratégia da defesa inclui apresentar recursos, inclusive um que questiona a continuidade do processo mesmo com a deputada em exercício de mandato. “Como no caso do deputado Ramagem, há pedido na Câmara para suspender a tramitação. A Constituição prevê essa possibilidade, e os fatos atribuídos a ela ocorreram quando já estava diplomada como parlamentar”, concluiu o advogado. (Com informações do g1)