Crime cometido por vereador tem detalhes macabros: asfixia, corpo queimado e sacos de lixo

O assassino sufocou vítima na presença dos filhos, incinerando e ocultando o corpo em sacos plásticos.

O ex-vereador Miguel Bento Fraga Filho foi sentenciado a 30 anos e seis meses de prisão pelo assassinato de sua companheira, Vanessa Rodrigues da Silva. | Reprodução
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O ex-vereador Miguel Bento Fraga Filho foi sentenciado a 30 anos e seis meses de prisão pelo assassinato de sua companheira, Vanessa Rodrigues da Silva. Conforme registrado pela Justiça, ele sufocou a vendedora até a morte na presença dos filhos. Além disso, Miguel Bento foi condenado por destruição e ocultação de cadáver, uma vez que ele incinerou o corpo e o escondeu em sacos plásticos.

O crime ocorreu em 12 de agosto de 2021, na cidade de Porangatu, localizada no norte de Goiás. O julgamento aconteceu na segunda-feira (12), e, além da pena de prisão, o ex-vereador foi condenado a pagar uma multa superior a R$ 18 mil e a indenizar os filhos da vítima no valor de R$ 150 mil.

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De acordo com os autos do processo, a agressão começou durante a madrugada, quando Miguel Bento arrastou Vanessa para os fundos da casa. Os filhos, de 9 e 5 anos, tentaram intervir, mas não conseguiram evitar a tragédia. Um dos filhos chegou a testemunhar o momento em que Vanessa caiu no chão, inconsciente e com sangue escorrendo do nariz.

A defesa do condenado, ao ser questionada, afirmou que "não tem nada a declarar sobre o caso".

Relatos do crime

Vizinhos relataram à Justiça que ouviram os gritos de socorro de Vanessa. As investigações revelaram que, após o assassinato, Miguel Bento colocou o corpo da vítima no porta-malas de seu carro e o transportou até uma fazenda de sua propriedade. Lá, ele ateou fogo no corpo e o escondeu em dois sacos plásticos, os quais foram deixados em uma grota, a cerca de 400 metros da sede da fazenda.

O corpo de Vanessa foi encontrado pela polícia em 27 de agosto de 2021, quinze dias após o crime. Quando questionado sobre o paradeiro de Vanessa, Miguel Bento alegou que ela havia viajado. No entanto, ele mais tarde confessou que a agrediu e a empurrou, mas insistiu que não tinha a intenção de matá-la. Sua defesa argumentou que o crime foi cometido sob "violenta emoção".

Histórico de violência

Segundo o processo, Miguel e Vanessa viveram juntos por cerca de 15 anos, mas o relacionamento era marcado por constantes episódios de violência. Após o assassinato, os filhos de Vanessa sofreram graves impactos emocionais, precisando de tratamento com medicamentos para ansiedade, déficit de atenção e hiperatividade.

"Estamos aliviados, de certa forma. Nossas orações por justiça foram ouvidas", declarou Beatriz Ferreira, sobrinha da vítima.

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