Apoliana Oliveira

Mais uma baixa na lista de pré-candidatos a deputado federal do Republicanos. Nesta segunda-feira (27/06), o coronel Wagner Torres se reuniu com o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos), para comunicar sua desistência. Na conversa, que aconteceu na presença do vice-prefeito Robert Rios (Republicanos), Torres alegou motivos pessoais para o seu recuo.

Ao blog, ele informou que segue filiado ao Republicanos, mas irá retomar seu compromisso com o empresário Jadyel Alencar (PV), que disputará uma vaga na Câmara Federal. Para deputado estadual, Wagner Torres ainda não definiu apoio.

Outro nome que saiu do páreo foi o da jornalista Karla Berger. Alegando ter sido vetada na chapa pela deputada Marina Santos (Republicanos), ela desistiu da disputa para Federal, mas sinaliza apoiar a congressista na pré-campanha à reeleição. Ela aguarda agora a decisão do grupo político de Dr. Pessoa sobre sua candidatura a deputada estadual.

ROBERT MINIMIZA

Em entrevista, o vice-prefeito Robert Rios - sempre com boas projeções para o Republicanos - não fez caso com a desistência de Wagner Torres. "Temos 14 pré-nomes, e só podemos lançar 11 nomes. Então, três nomes tem que sair. É melhor que alguém peça para sair da chapa, do que a gente ter que escolher", disse.

Os secretários João Henrique Sousa e André Lopes, das pastas do Planejamento e Governo, respectivamente, entregaram à Câmara de Vereadores de Teresina, nesta quinta-feira (23/06), mensagem do Poder Executivo com pedido de autorização para realização de operação de crédito no valor de R$ 500 milhões junto ao Banco do Brasil.

A mensagem chega à Casa com pedido de tramitação de regime de urgência especial.

De acordo com o secretário André Lopes, o valor é destinado a obras de infraestrutura, habitação, transporte, melhorias do Polo Industrial, dentre outras ações.

“Como existe a burocracia interna do banco, e essa burocracia leva um tempo, quanto antes a gente conseguir a aprovação da Câmara melhor para a cidade”, justifica o secretário. 

O pedido foi discutido com os parlamentares, que questionaram sobre as obras a serem executadas.

Em entrevista, o secretário João Henrique destacou que as medidas adotadas pela Secretaria de Finanças no último ano permitiram a busca por recursos para investimentos. "Esse é um trabalho da administração do Dr. Pessoa no sentido de buscar recursos para o desenvolvimento de Teresina. Todos sabem que a prefeitura hoje tem suas finanças equilibradas, e nós voltamos à situação da letra B, que permite esse tipo de investimento. A avaliação da prefeitura havia caído para letra C por que? Porque o balanço do ano de 2020 fechou negativo, em 21 milhões. E, em 2021, primeiro ano da administração Dr. Pessoa, com o Dr. Robert no comando da secretaria, nós fechamos positivo, e isso permitiu nós sairmos da letra C e voltar para a letra B, e isso nos permitiu buscar recursos", diz.

Líder do prefeito Dr. Pessoa na Câmara, o vereador Antônio José Lira explica que o empréstimo, se aprovado, será liberado 5 parcelas semestrais de R$ 100 milhões, e ajudará no andamento de obras importantes. "Teremos, o Executivo, uma liberdade de trazer para o município de Teresina, obras que a população sonha. Por exemplo, agora numa licitação de 16 milhões de reais, que é o sonho da Zona Sudeste, da BR-343 até o rodoanel, 12 quilômetros de pavimentação. Um projeto que já está na Eturb, do presidente Pessoinha, que pode ser usado com estes 500 milhões de reais", detalha o parlamentar.

O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos), foi convidado pelo presidente da Câmara de Teresina, Jeová Alencar (Republicanos), para participar do lançamento de sua pré-candidatura a deputado estadual, que acontece no próximo dia 28 de junho. Em entrevista, o prefeito informou que estará presente.

O detalhe, segundo apurou o blog, é a presença já confirmada do pré-candidato a governador pelo União Brasil, Silvio Mendes. E Pessoa foi avisado! Logo, ambos estarão juntos, em torno de Jeová, no mesmo palanque político. 

Ao blog, o prefeito fez questão de ressaltar que sua presença ao lado de Silvio não significa apoio ao pré-candidato.

"Fui convidado para o lançamento dele de deputado estadual. Ele é Republicano e eu estarei lá", diz Dr. Pessoa.

Iracema Portella, pré-candidata a vice-governadora do Piauí, acredita em mais “surpresas” a favor da oposição. Adesões que, segundo ela, são impulsionadas pelos bons resultados da chapa encabeçada por Sílvio Mendes (UB) nas pesquisas.

“Com certeza surpresas virão. É normal, diante deste favoritismo, que pessoas venham compor aqui conosco”, avalia.

JEOVÁ VEM AÍ?

Uma adesão projetada e bastante esperada é a do presidente da Câmara de Vereadores de Teresina, Jeová Alencar. “Sempre digo que cada um tem a sua hora e o seu momento. Então, vamos aguardar, o Jeová é um grande nome, uma grande liderança aqui na nossa capital, e nós vamos certamente ficar felizes com a vinda dele para nos apoiar”, avalia Iracema.

VICE NADA DECORATIVA

Reforçando seu protagonismo na discussão do projeto da oposição para o Piauí, Iracema diz que jamais seria uma vice decorativa. “Estarei ao lado de Sílvio Mendes. Até porque conheço profundamente o estado do Piauí e desde o ano passado estamos fazendo esta pré-campanha, elaboramos um plano de governo juntos”, pontua. 

O pré-candidato a governador pelo União Brasil, Sílvio Mendes, se posicionou a favor da implementação de teto na cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis, medida aprovada pelo Congresso Nacional na tentativa de reduzir o preço da gasolina e do diesel para o consumidor. 

Em entrevista concedida nesta terça-feira (21/06), ele mencionou a crise pela qual passa o Brasil, afetando o preço dos alimentos. “Eu acho que está correta a limitação do valor uniforme para todos os estados, mas põe um teto. Tem que ter regra. E essa regra, para mim, começa pelo tabelamento sim, por mais que possa se discordar, mas o preço do petróleo, o preço da gasolina, ele incide sobre o preço dos alimentos, e tem muita gente passando fome”, disse Sílvio.

O pré-candidato também falou sobre a situação da Petrobras. “Não é tão simples entender que tem que ser feito um esforço no sentido de reduzir seu custo, o preço ao consumidor, porque dele depende, por exemplo, o valor dos alimentos, que só aumenta. Quem faz supermercado sabe. O presidente da Petrobras acabou de renunciar pela pressão. Como é que se pode ganhar mais do que todas as empresas de petróleo, num país em desenvolvimento?”, completou. 

O suplente de vereador do PSD, Júnior Macedo, retornou nesta terça-feira (21/06) à Câmara de Vereadores de Teresina, para cobrar o cumprimento do seu pedido apresentado à Mesa Diretora para assumir o mandato. À imprensa, ele reforçou que irá judicializar a questão caso não seja empossado até esta quarta-feira (22). 

“O que estará acontecendo é o rasgamento da Constituição, do regimento interno. Eu acho que teve um erro de interpretação por parte do presidente, sei que o Antônio José Lira é um aliado, é um compadre dele, mas nós não podemos usar a estrutura da Câmara para manter um vereador irregular nesta Casa. Regular é eu, que sou o segundo suplente e estou na vez”, disse Júnior, se referindo à sinalização de Jeová de que o suplente não poderia assumir.

Júnior alega que não renunciou e que isso foi deixado claro ao presidente há dois meses, quando ele escolheu não assumir o mandato após sofrer uma perda familiar. “Não sou um covarde, sou um jovem batalhador, lutador, consegui tudo na minha vida com muito suor. E eu não sou covarde de estar renunciando suplência, ou mandato, ou qualquer coisa que seja”, completou.

PRESIDENTE REAGE

Ao comentar as declarações de Júnior Macedo, Jeová sustentou a posição de que o suplente não poderia assumir neste momento com base em um parecer da procuradoria da Câmara. E negou que Antônio José Lira esteja no mandato por influência sua.

“Ele [Antônio José Lira] não está aqui de favor, não está aqui porque eu quero. Nem nele eu votei, eu voto em mim. Eu vejo sim, o direito dele [Júnior Macedo] de recorrer, procurar os direitos dele, mas acho que ele tem que ter um pouquinho de juízo e medir as palavras. Ele mesmo assinou, ninguém pegou na mão dele para assinar, nem da vereadora Cida”, reagiu o chefe do Legislativo. 

O suplente de vereador do PSD, Júnior Macedo, protocolou nesta segunda-feira (20/06) requerimento à Mesa Diretora para assumir o mandato na Câmara de Teresina. Com o movimento, Antônio José Lira terá que se afastar do mandato.

Júnior diz que irá integrar a base do prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) e nega que a decisão tenha sido tomada sob influência da base de Wellington Dias (PT) e Rafael Fonteles (PT), como forma de retaliação à Jeová Alencar (Republicanos) que fechou com a oposição liderada por Ciro Nogueira (Progressistas). 

Do protocolo, o documento será encaminhado à presidência da Casa, para que seja dada posse ao suplente.

Antônio José Lira

Nas redes sociais, o vereador chegou a se despedir do mandato, afirmando que a cidade perde com sua saída do Legislativo. 

“Na Vida, nunca podemos parar de sonhar! A caminhada da luta continua, perdeu Teresina, perdeu a gestão, perdeu o parlamento, venceu o ódio e a vingança, por enquanto! Dei tudo de mim! Ao prefeito, só agradecimentos! Muito obrigado Teresina!”

Com a manifestação do prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos), descartando a possibilidade de reajuste no valor da tarifa de ônibus, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) se posicionou em nota.

No breve texto enviado à imprensa, o Setut diz entender que "cabe ao município decidir ou não pelo reajuste", bem como do valor pago às empresas operadoras do sistema como forma de subsídio, para compensação da diferença entre a tarifa técnica e o valor cobrado ao usuário na catraca.

"Somente assim os serviços prestados à população teresinense serão realizados com qualidade e regularidade", completa o sindicato.

Ontem, Dr. Pessoa se manifestou contrário à proposta de tarifa apresentada pelo Setut à Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito, com valor de até R$ 8. O dobro da tarifa inteira cobrada hoje. Após análise da planilha apresentada pelas empresas, a questão será deliberada pelo Conselho Municipal de Transporte, e só então chega à mesa do prefeito de Teresina.

À imprensa, o pré-candidato a governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), tentou afastar rumores sobre a suposta adesão de prefeitos da base governista ao grupo de oposição, que tem como pré-candidato o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil). A mais recente delas, comentada nos bastidores pelos oposicionistas, seria a da prefeita Elisa Paz (PT), de Novo Santo Antônio.

"Pelo que eu saiba é uma fake news, que foi colocada pela oposição. A prefeita está conosco. Recentemente teve uma fake news com o prefeito de Ribeiro Gonçalves, que se revelou uma mentira, agora com relação à prefeita, que esteve comigo nesta semana. Então a oposição, numa situação de desespero, tenta a todo custo inventar apoios que não existem", avalia Rafael.

APOIO NA CAPITAL

Fonteles também fez as contas em relação aos apoios em Teresina. De acordo com o pré-candidato, 19 dos 29 vereadores no mandato manifestaram apoio à base petista. Diz ainda contar com "a grande maioria dos suplentes".

O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos) descartou a possibilidade de reajuste no preço da tarifa de ônibus. Para o gestor, o valor de até R$ 8 proposto pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), é muito alto e penalizaria ainda mais a população, que já vive um grave momento de crise econômica.

"Depois de eu morto pode ser que tenha aumento da passagem de ônibus, mas eu vivo não vai ter. O prefeito veio para cuidar do povo pobre, vulnerável. Ainda não estou satisfeito com o transporte coletivo. Avançou? Avançou. Esse negócio de reajuste, o dobro, aumentou gasolina, petróleo, etc., aumentou o nervosismo do Bolsonaro e do grupo do PT, mas o prefeito não, está com o cérebro equilibrado", disse. 

O pedido de reajuste foi apresentado ao Conselho Municipal de Transporte ainda em maio, para análise, considerando a planilha adotada pela Prefeitura para a apuração dos custos operacionais e da tarifa pública. Com isso, o valor da tarifa técnica, segundo o Setut, ficaria entre R$ 7 e R$ 8. Após análise do conselho, a decisão final sobre o preço é tomada pelo prefeito.

Há dois anos sem reajuste, a tarifa de ônibus custa hoje em Teresina R$ 4 a inteira e R$ 1,35 a meia. Para segurar o preço, o município paga subsídio às empresas operadoras do transporte coletivo para bancar a diferença entre a tarifa técnica e o valor pago na catraca pelo usuário.