Na noite de segunda-feira (11), o perfil no Twitter da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, foi invadido por um hacker, marcando mais um episódio de ciberataques a figuras políticas no Brasil. Janja não é a primeira personalidade política a sofrer esse tipo de ataque; governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Eduardo Leite (PSDB-RS), bem como a presidente do PT Gleisi Hoffmann, já enfrentaram invasões semelhantes.
Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, teve sua conta no Twitter comprometida em dezembro de 2022, antes de assumir o cargo. Durante o período em que a conta esteve sob controle dos criminosos, mensagens sobre criptomoedas e NFTs foram publicadas. A invasão ocorreu após o governador ser fotografado ao lado do ministro do STF, Alexandre de Moraes, provocando ataques de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com dados da Netscout, uma empresa líder em cibersegurança, o Brasil é o principal alvo de ciberataques na América Latina há quase uma década. Relatórios indicam que o país teve um aumento de 19% nas tentativas de ataques cibernéticos no segundo semestre de 2022, superando a média mundial de 13% no mesmo período.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, teve seu site oficial invadido em abril de 2020, com os invasores postando um gif de Bolsonaro e um texto sugerindo que a parlamentar se mudasse para Cuba. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, também sofreu uma série de ataques em seu perfil no Twitter no início deste ano.
Além de figuras políticas, até mesmo o Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido alvo frequente de ataques cibernéticos. Em junho de 2021, a Polícia Federal (PF) prendeu três suspeitos de integrarem uma organização criminosa que promovia ataques ao STF. Em 2020, o STJ foi alvo de um grande ataque hacker que paralisou algumas de suas atividades.
O mais recente episódio envolveu o perfil de Janja no Twitter, que foi invadido e alvo de xingamentos na noite de segunda-feira. A PF já iniciou uma investigação preliminar e abrirá um inquérito para apurar o caso. A plataforma também foi acionada e as mensagens ofensivas foram posteriormente removidas.
Para mais informações, acesse MeioNorte.com