Alexandre de Moraes manda Roberto Jefferson para prisão domiciliar

Ex-deputado estava preso desde agosto, por suspeitas de ataques às instituições democráticas

Ex-deputado Roberto Jefferson, | Divulgação
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou que o ex-deputado Roberto Jefferson, do PTB, deixe o presídio de Bangu 8 para cumprir prisão domiciliar. Jefferson estava preso desde agosto, por suspeitas de ataques às instituições democráticas. 

A defesa de Jefferson havia pedido a sua saída da prisão sob alegação de que ele apresentava quadro de saúde fragilizado e que necessitava de tratamento médico adequado, sob risco de morte. Na semana passada, Jefferson chegou a ser liberado pelo ministro para realizar exames fora da prisão. Ele havia apresentado sintomas de problemas respiratórios e febre, em quadro semelhante ao da Covid-19, como alegou sua defesa.

Em outubro, diante de outros problemas de saúde, Jefferson chegou a ser internado no Hospital Samaritano da Barra, mas acabou voltando para o presídio. Moraes também já havia determinado o afastamento de Jefferson da presidência do PTB, posto que ocupava antes de ser preso.

Ex-deputado Roberto Jefferson foi preso em agosto do ano passado Foto: Valter Campanato-Agência Brasil 

Na decisão, o ministro citou que o Código de Processo Penal permite a substituição de prisão preventiva pela domiciliar "quando o agente for extremamente debilitado por motivo de doença grave". Relatórios médicos juntados pela defesa apontaram a necessidade de acompanhamento médico "rotineiro", com problemas gastrointestinais e risco de trombose.

Além de determinar sua saída para prisão domiciliar, o ministro do STF impôs medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de receber visitas.

"A defesa de Roberto Jefferson por ora fica satisfeita. Ele terá oportunidade de se tratar de forma adequada, estar junto com seus entes queridos, e é o primeiro passo para o fim da única prisão de um preso político no país", afirmou o advogado Luiz Gustavo, que defende o ex-deputado.


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