O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, conversou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta quinta-feira (15), antes da operação de busca e apreensão contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES) acontecer.
Alexandre de Moraes avisou, na oportunidade, sobre a operação da Polícia Federal, com cumprimento de três mandados expedidos pelo ministro. O Poder Judiciário tradicionalmente avisa aos chefes do Poder Legislativo sobre operações realizadas no Congresso.
Momentos depois, o chefe da Casa Legislativa foi avisado pela Polícia do Senado, sobre a chegada da Polícia Federal, e determinou que a Advocacia do Senado e a Polícia Legislativa acompanhassem as diligências. As ordens judiciais foram cumpridas em Brasília (DF), no gabinete de Do Val no Senado Federal, onde foram apreendidos documentos e um pendrive, e em Vitória (ES), onde reside o senador.
A operação foi embasada em indícios provenientes de postagens do senador em redes sociais. No início do ano, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de uma investigação com base no relato do senador Marcos do Val, que mencionava uma suposta articulação de um golpe, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).
Durante a operação, o celular do parlamentar chegou a ser apreendido. A prisão de Marcos do Val chegou a ser solicitada, mas o pedido foi negado pelo STF, que autorizou apenas a realização de buscas e apreensão. O STF também determinou que do Val preste depoimento.
A operação acontece exatamente no dia em que do Val faz aniversário. Nesta quinta-feira (15), os perfis do parlamentar no Twitter, Facebook e Instagram também foram tirados do ar, nesta quinta-feira. “A conta @marcosdoval foi retida no Brasil "em resposta à uma demanda legal”, escreve o Twitter ao acessar o perfil de do Val. A Assesoria de Comunicação do Senador informou que Marcos do Val não vai comentar sobre o assunto.