A Polícia Federal (PF) apreendeu o celular do senador Marcos do Val (Podemos-ES), durante o cumprimento de três mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A operação aconteceu na tarde desta quinta-feira (15), dia em que o parlamentar completa 52 anos.
As ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de Brasília (DF) e Vitória (ES), inclusive no gabinete de Do Val no Senado Federal, onde foram apreendidos documentos e um pendrive.
A prisão de Marcos do Val (Podemos-ES) chegou a ser solicitada, mas o pedido foi negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou apenas a realização de buscas e apreensão. O STF também determinou que do Val preste depoimento.
A investigação que resultou na operação foi conduzida pela Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (DICOR) pela equipe do delegado Ricardo Saadi. Ele é diretor de investigação e combate ao crime organizado e à corrupção do DICOR.
Redes sociais desativadas
A operação foi embasada em indícios provenientes de postagens do senador em redes sociais. No início do ano, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de uma investigação com base no relato do senador Marcos do Val, que mencionava uma suposta articulação de um golpe, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).
Os perfis do parlamentar no Twitter, Facebook e Instagram também foram tirados do ar, nesta quinta-feira. “A conta @marcosdoval foi retida no Brasil "em resposta à uma demanda legal”, escreve o Twitter ao acessar o perfil de do Val. A Assesoria de Comunicação do Senador informou que Marcos do Val não vai comentar sobre o assunto.