No leilão realizado em abril, o grupo CCR (CCRO3) venceu a disputa pelos lotes Sul e Central, em que está incluído o Aeroporto Senador Petrônio Portella, em Teresina.
Uma das maiores empresas de concessão de infraestrutura da América Latina, a presidente da CCR Aeroportos, Cristiane Gomes, disse ao Portal Meio Norte que após o grupo segue as etapas previstas no edital que iniciou com o leilão até a transferência da gestão dos aeroportos.
"Uma das etapas previstas neste processo é a assinatura do contrato. A partir da assinatura, a CCR começa uma fase de transição, quando irá acompanhar a gestão da Infraero. Nesta fase já há uma série de trabalhos iniciais que serão colocados em andamento pela concessionária. A partir desse momento, os passageiros poderão ter uma percepção das mudanças, assim como já ocorreu no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), e nos terminais administrados pela CCR no exterior", explica a presidente, enfatizando que há um processo legal com diversas etapas e ações precedentes a serem cumpridas pela gestão dos aeroportos para o Grupo CCR, o que deve ocorrer ao longo deste ano. "Após esse período de transição, a CCR estará administrando diretamente os aeroportos e terá essas informações com mais clareza", diz.
Segundo a presidente, é possível dizer que as grandes obras que serão realizadas nos aeroportos dos dois Blocos arrematados pela CCR estão previstas nos editais e serão integralmente realizadas pelo Grupo CCR. Mas há melhorias e inovações nos serviços que podem ser feitas por decisão das concessionárias nos aeroportos e que trarão mais conforto e fluidez para os passageiros. Mas ainda não é possível definir esse cronograma.
A meta da empresa concessionária é expandir a vocação original de cada terminal, seja ampliando a oferta de serviços à disposição dos passageiros ou aprimorando a sinergia com os outros modais de transporte.
"Mas além de aprimorar a vocação original, por que não discutir a ampliação dessa vocação? Mas esse é um trabalho que deverá ser feito juntamente com os entes locais e dirigentes do entorno, após estarmos efetivamente à frente da operação", diz Cristiane.
Cristiane Gomes informa que o Grupo CCR iniciou os estudos para participação no leilão há dois anos. Por mais de uma vez, a equipe de trabalho esteve em cada um dos aeroportos. Os estudos feitos foram reavaliamos a partir dos efeitos da pandemia, quando houve uma revisão do edital pela ANAC.
Com este trabalho, o grupo dispõe de bastante conhecimento da matriz de risco de todos os projetos, é ciente dos desafios e oportunidades de cada um dos aeroportos e também da vocação e característica de cada região onde está o aeroporto.
"Entendemos que Teresina, por ser a principal cidade do Piauí, com o maior PIB da região, vem crescendo e desenvolvendo muito fortemente nos setores secundários, com mineração e indústria de bebidas e alimentos, assim como no setor terciário com vestuário, calçados e turismo. Acreditamos que nossos incrementos no desenvolvimento do aeroporto possam surtir efeitos de curto prazo para a contribuição da geração de economia da região, principalmente nesses setores que citamos", informa.
Segundo Cristiane Gomes, com certeza, o grupo trará melhorias e aprimoramentos a todos os terminais, melhorando o patamar de serviços, com a excelência que já existe em outros aeroportos do Grupo, além de gerar empregos e renda, pois os aeroportos são importantes indutores de desenvolvimento de negócios nas regiões onde estão inseridos.
Diálogos para novas rotas
Por conta da administração do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte e dos aeroportos internacionais no Equador, Costa Rica e Curacao, a presidente Cristiane Gomes diz que o Grupo CCR tem excelente relação com as companhias aéreas e já há conversas, embora iniciais, para o desenvolvimento de novas rotas e voos, uma melhor jornada e experiências de viagem para os passageiros deverão ser contemplados.
"Olharemos sempre as cidades e os destinos como oportunidades de fortalecimento e também de ampliação das vocações originais. O Grupo CCR irá sempre buscar o desenvolvimento, a geração de empregos e de renda para as regiões de influência dos aeroportos"", relata, informando que ainda não é possível falar sobre novas rotas, mas isso será cuidadosamente observado nas rodadas de decisão sobre o potencial de movimentação e as demandas dos passageiros da região.