Na madrugada de sábado (21), o pastor Edilson Silva morreu após ser atropelado por um carro conduzido por um médico em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. O suspeito fugiu, mas foi preso momentos depois. O suspeito passou por audiência de custódia, pagou uma fiança de mais de R$ 84 mil e foi posto em liberdade. A decisão gerou revolta na população.
COMO OCORREU?
Um vídeo mostra o momento em que o carro do médico bate contra um Chevrolet Meriva estacionado. Com o impacto, o pastor, que estava próximo, caiu. Ao fugir, o médico passou por cima da vítima.
Veja!
Edilson Silva conversava com outras pessoas quando foi atingido pelo Honda Civic, conduzido pelo suspeito. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) encaminhou o pastor ao Hospital Municipal Regional em estado gravíssimo, mas ele não resistiu aos ferimentos.
O QUE DIZ A POLÍCIA?
A Polícia Militar localizou o suspeito em frente à casa dele, no Setor São Tomaz. Ele admitiu ter consumido bebida alcoólica. O juiz Vitor França Dias Oliveira determinou pela liberdade provisória do médico ao considerar que o homem seria réu primário, além disso, aplicou uma fiança de 60 salários-mínimos, que totaliza pouco mais de R$ 84 mil e algumas medidas cautelares, como:
- proibição de se ausentar da comarca sem prévia autorização judicial por mais de 15 dias;
- proibição de mudar de casa sem comunicar o juízo previamente sobre o novo endereço;
- cumprir todas as intimações e comunicações realizadas pelas autoridades judiciárias e policias;
- não praticar novas infrações penais;
- monitoração eletrônica pelo prazo mínimo de seis meses;
- recolhimento domiciliar noturno das 21h às 6h.
O OUTRO LADO
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que não irá se posicionar sobre o caso, ao justificar que o caso não tem relação com as atribuições legais do conselho, que normatiza e fiscaliza o exercício da medicina.
Nota da defesa do médico na íntegra:
"A situação é deveras lamentável e expressamos nossos sinceros sentimentos à família do senhor Edilson Gomes Silva. Quanto a custódia, foi realizada no mesmo dia dos fatos, foi concedida liberdade provisória tendo em vista se tratar de crime culposo (sem intenção), no entanto, foram impostas cautelares diversas, dentre elas o uso de tornozeleira eletrônica.
O alvará de soltura do investigado foi cumprido na data de ontem (22/09/2024). Nesse momento a defesa silencia e aguardará o momento processual oportuno para exercer o contraditório.
No mais, o investigado está a disposição da Autoridade Policial e do Poder Judiciário para o que for necessário .
Dr Arício Vieira da Silva
Advogado
Dra Gabriella Lima
Advogada."