Davi Izaque Martins Silva, principal suspeito de matar a médica Thalitta da Cruz Fernandes, de 28 anos, voltou atrás no seu depoimento à polícia e alegou que não se lembrava do momento em que a namorada foi morta. Segundo o delegado Alceu Lima de Oliveira, Davi passou a demonstrar arrependimento pelo que fez e "confessou informalmente" o crime.
Thalita Fernandes foi encontrada morta dentro de uma mala em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, na tarde da última sexta-feira (18). A análise pericial indicou que a causa do falecimento da médica foi uma hemorragia aguda resultante das facadas. Davi foi preso no sábado (19), e a principal motivação teria sido porque ele não teria aceitado o término do relacionamento.
“Ele confessou informalmente. Antes, ele disse que não se lembrava de nada e que havia usado cocaína naquela noite. Agora não [diz] mais [que não lembra]. Ele dependia financeiramente dela, sim, mas agora alega ciúmes. Ele não cita ninguém nem nenhum episódio específico, mas testemunhas disseram que os dois tiveram uma briga na data do crime. Até ontem [segunda-feira], ele estava muito frio, mas agora já demonstra arrependimento”, afirmou o delegado ao O Globo.
Conforme as investigações, a mala em que foi colocado o corpo da médica rasgou, o que teria impedido Davi de deixar o apartamento em que ocorreu o crime para ocultar o cadáver. O assassino então guardou no armário da própria residência onde a vítima vivia, em São José do Rio Preto.
“A gente acredita que a intenção dele [do suspeito] era levar [o corpo], mas a mala acabou rasgando. A mala estava rasgada acima do zíper. Por isso, talvez, ele tenha desistido [e deixado o corpo no apartamento]”, disse o delegado, titular da Delegacia de Homicídios de São José do Rio Preto, ao O Globo.
Segundo o delegado Alceu de Oliveira, Davi Izaque teria resolvido fugir do local do crime ao ver mensagens de uma amiga da vítima, que estava desconfiada do paradeiro da médica. Simultaneamente a família também se preocupou, visto que Thallita parou de responder mensagens, ainda na noite de quinta-feira (17).
“Parentes e amigos da médica não conseguiram contato com ela desde a noite anterior (de quinta-feira), e foram acionadas as polícias Civil e Militar para a ocorrência. Quando a PM chegou no local, viu sangue, já constatou que a vítima estava morta dentro do apartamento [...] Testemunhas contaram que ouviram briga no apartamento, na madrugada em que ela morreu”, conta o delegado.