O empresário Antônio Eustáquio Rodrigues, popularmente conhecido como o "Rei da Cachaça", foi capturado na tarde da última sexta-feira (18), em Belo Horizonte. Ele estava foragido desde junho deste ano, após ter sido condenado por crimes de violação e estupro de vulnerável.
Conhecido por ser o proprietário das marcas de cachaça Seleta, Boazinha e Saliboa, todas fabricadas em Salinas, no Norte de Minas Gerais, o empresário agora deve cumprir 15 anos de prisão em regime fechado. Antônio já havia sido detido durante o inquérito em agosto de 2014, mas foi libertado em novembro do mesmo ano após a Justiça acatar um pedido de revogação de prisão temporária.
O empresário é acusado de estupro envolvendo dois adolescentes: uma jovem de 15 anos e um rapaz de 14 anos. Após a primeira prisão, a Polícia Civil de Minas Gerais recebeu novas denúncias, incluindo um caso adicional de abuso sexual. Além disso, ele foi acusado de tentativa de homicídio.
Segundo os relatos das vítimas, o jovem afirmou que estava com a garota nas proximidades de sua residência, em uma estrada entre Salinas e a cidade de Rubelita, quando foram vistos por Antônio. Posteriormente, o empresário levou os adolescentes para visitar sua fazenda. Ao chegarem à propriedade, Rodrigues os levou para dentro de sua casa, onde eles foram direcionados até o quarto para realizar uma "massagem em seu corpo".
O adolescente relatou que, por medo de ser deixado na fazenda e ser forçado a caminhar de volta para casa, ele e a amiga atenderam aos pedidos de contato sexual feitos pelo fazendeiro.
Pena
O Ministério Público confirmou que o "Rei da Cachaça" foi condenado por dois casos de estupro e um de estupro de vulnerável. Na época em que as emoções vieram à tona, os familiares alegaram que Antônio sofria de "problemas psicológicos e transtorno bipolar". Em 2014, a Seleta e Boazinha Indústria Comércio Importação e Exportação Ltda, detentora da marca Seleta, comunicou que Antônio estava afastado das atividades de gestão da empresa desde 2006, devido a graves problemas de saúde.
Em nota, a defesa do empresário destacou que ele foi absolvido pelo Juiz da Comarca de Salinas e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, ambos reconhecendo que as provas eram confusas e contraditórias. A designação, segundo a defesa, resultou de uma decisão monocrática de um ministro do STJ, que não teve acesso a todos os detalhes do caso. A Seleta também divulgou uma nota oficial, informando que Antônio estava afastado das atividades da empresa desde 2014 devido a problemas de saúde pessoal.
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